Café tem rabada e receita de chipa que avó ensinou há 35 anos

Com receita da avó criada há 35 anos, a chipa é o carro-chefe do recém-inaugurado Juna Café e Restaurante, que abriu as portas neste mês no bairro Santa Fé. A proposta é ser um local de aconchego e memória afetiva.

A proprietária do local, Pamela Paim Protasio, de 30 anos, explica que a chipa é feita com os mesmos ingredientes e modo de preparo da época de sua avó, que trocou a produção de soja no Rio Grande do Sul para trabalhar com comida em Mato Grosso do Sul, em um restaurante montado em Campo Grande, na BR-163.

A avó faleceu quando Pamela tinha 15 anos, e a mãe seguiu com o restaurante. “Minha avó fez essa receita da chipa. Lá a gente vendia tanto a mesma receita como chipa quanto como pão de queijo".

Ela explica que é formada em Fisioterapia, mas que decidiu voltar para o ramo. “Nós compramos o Gamela Grill. Eu sempre quis ter um restaurante, um café. Sou apaixonada por café, conheço grande parte dos cafés de Campo Grande. Sempre foi um sonho. Quando decidimos abrir o café, o carro-chefe foi a chipa".

O nome do lugar também carrega história. “O nome Juna é a junção dos nomes das minhas avós: Juraci e Tina". Já o mascote da cafeteria, um elefantinho que aparece na identidade visual, foi ideia que surgiu a partir do branding da marca. “A minha mãe é apaixonada por elefantes, tem vários, e eu e minha irmã temos tatuagens de elefante".

A decoração rosinha e o clima acolhedor do espaço reforçam a proposta. “Toda a marca é voltada para as mulheres da minha vida. Das minhas ancestrais, para ser uma marca de mulheres fortes. A cafeteria é rosinha, aconchegante. E a intenção é oferecer essas receitas de família".

Para Pamela, uma das grandes apostas do Juna está no horário de funcionamento. O café abre às 6h da manhã, algo ainda raro entre cafeterias da cidade. “Isso era uma dificuldade que eu sentia. Queria tomar café em um lugar legal, mas todo mundo só abre às 8h ou 9h. Só que, a essa hora, o povo já está trabalhando. Eu queria antes do expediente. Então, a gente abre às 6h por isso".

Além da chipa, vendida por R$ 7 e com 120 g, há lanches como a coxinha na chapa com requeijão, pão com ovo e bacon, pão na chapa (R$ 6,90), mini pão de queijo servido com Nutella, brigadeiro e requeijão, além de salgados assados e fritos por R$ 9.

Quem prefere algo mais reforçado pode escolher combos com salgadinhos ou ainda experimentar as sobremesas da casa: brigadeiro e beijinho (R$ 3,50 cada), pudim (R$ 8) e cassata de morango.

No almoço, servido de segunda a sexta, o restaurante oferece pratos à la carte como filé de frango, bife a cavalo, parmigiana de frango e de carne, milanesa, estrogonofe e a tradicional rabada da época do Gamela Grill, servida às sextas-feiras. “É uma rabada sensacional, para quem gosta", diz Pamela.

Os preços dos pratos variam entre R$ 28,90 (refeição do dia) e R$ 43,90, valor da tilápia frita e da própria rabada. Sábado e domingo não há almoço, mas o café funciona normalmente até o meio-dia.

As bebidas seguem a mesma proposta caseira e criativa. Há cafés a R$ 6,90, matchá por R$ 15, frappé de capuccino por R$ 18, além de sucos especiais preparados com geleias artesanais feitas pela própria Pamela.

Entre os sabores, estão geleia de morango e geleia de hortelã, ambas usadas em sucos como o de abacaxi com hortelã e o de laranja com morango. Tem ainda o chazinho rosinha e a Juna Limonade, soda italiana feita com morango e limão. “Fui eu que fiz também. Meu paladar é bem variado, gosto de provar de tudo. Então, tudo que tem lá passou pelo crivo crítico da minha família".

O Juna Café e Restaurante funciona de segunda a sexta, das 6h às 18h, e aos sábados e domingos, das 6h ao meio-dia, na Rua Trouville, 86, no bairro Santa Fé.

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