Como avós faziam: projeto ensina mexer com ervas e feitura de chás
Do manjericão e capim-cidreira, tem workshops gratuitos sobre manipulação de ervas, raízes e cascas
Entre cheiros de boldo, manjericão e capim-cidreira, a mediadora de saberes Gê Cardoso quer resgatar algo que parece pequeno, mas carrega séculos, o costume de preparar chás como as avós faziam. É assim que nasceu o projeto Guiné, que neste mês realiza três workshops gratuitos sobre manipulação de ervas, raízes e cascas, dois voltados para mulheres atendidas por organizações sociais e um aberto ao público em geral.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
“Este projeto nasceu das minhas memórias afetivas. Quando eu era criança, via as mulheres da minha família tomando mate. Elas se reuniam, e logo vinham as vizinhas também. Ali, no meio daquela roda, trocavam receitas para curar alguma dor. Eu costumo dizer que era quase uma cerimônia, a cerimônia do mate, em que elas compartilhavam saberes enquanto bebiam”, lembra Gê.
A proposta é simples e afetiva: ensinar como identificar, colher, secar, armazenar e preparar ervas que crescem nos quintais de qualquer bairro, boldo, hortelã, alecrim, camomila, guiné, entre tantas outras. Cada planta traz uma história, cada chá carrega um cuidado. “Uma planta muito especial pra mim é o guiné: ele curou minha dor de garganta. Outro exemplo é o capim-cidreira: fazemos como suco ou chá gelado; ele ajuda a controlar a ansiedade e a baixar a pressão”, conta.
Oficinas e encontros
O projeto já tem data marcada:
- 25 de setembro: mulheres atendidas pela CUFA participam do workshop.
- 26 de setembro: encontro com as mulheres do Instituto Aciesp. Haverá também contação de histórias com a narradora Ana Triches, para filhos, netos e sobrinhos das participantes.
- 27 de setembro: encontro aberto ao público, às 14h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo. São 30 vagas, com ajuda de custo de R$ 25 para 20 participantes.
As inscrições são gratuitas até o dia 10 de setembro e podem ser feitas [neste link]. Os primeiros 30 inscritos garantem a vaga, e depois todos receberão online o material com os conteúdos abordados.
“Minha mãe é minha grande referência. Ela nunca estudou formalmente sobre plantas, mas nos ensinou tudo que sabia. Cresci aprendendo com as mulheres fortes da minha família e estou extremamente feliz em poder compartilhar esses saberes agora”, conclui Gê.
O Projeto Guiné é realizado com incentivo da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Fundação Municipal de Cultura (Fundac) e Governo Federal, por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.