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Lado Rural

Preço médio do frango cresce mais de 24% no primeiro trimestre de 2022 em MS

Valor saiu de R$7,18 para R$8,94 no comparativo dos três primeiros meses de 2021 e 2022

Ana Oshiro | 25/04/2022 09:58
Preço médio do frango cresce mais de 24% no primeiro trimestre de 2022 em MS
Avicultores gastaram, em média, 41% a mais com energia elétrica entre 2021 e 2022 (Foto: Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul, o preço do frango abatido comercializado no atacado registrou um aumento de 24,51% nos três primeiros meses deste ano. De acordo com o departamento técnico do Sistema Famasul, com dados da Ceasa/MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), o valor saiu de R$7,18 no mesmo período do ano anterior para R$8,94 em 2022.

A analista técnica, Eliamar Oliveira, explica que a pressão sobre os preços responde ao aumento da oferta. No entanto, a produção de frango de corte tem ciclo mais curto, o que possibilita se adequar à demanda para evitar oferta excessiva e minimizar a pressão. “Se por um lado o abate aumentou 3% em 2022, as exportações do estado cresceram 8,93% de um ano para o outro ajudando na absorção do aumento da oferta”.

Esse escoamento foi potencializado com o aumento de 8,6% dos embarques do Brasil para o exterior. O bom desempenho das exportações brasileiras de carne de frango deverá seguir em 2022. A estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é que cresça 6,36% em relação aos embarques de 2021. Os três maiores compradores da proteína de Mato Grosso do Sul são: China, respondendo por 19% da receita; Japão com 16,8%; e Emirados Árabes Unidos com 15,16%.

Custos ao produtor - “O cenário de maior preço do frango no atacado, maior liquidez e maior receita para as indústrias com vendas para o exterior, não reflete diretamente em maior rentabilidade para o produtor, tendo em vista o aumento expressivo nos custos de produção”, enfatiza Eliamar.

Os avicultores gastaram, em média, 41% a mais com energia elétrica entre 2021 e 2022. O aumento significativo foi resultado do maior valor da tarifa, da aplicação da bandeira vermelha por longo período e do pagamento de escassez hídrica. Em contrapartida, o aumento do consumo teve um acréscimo de apenas 8% neste período. Esse insumo representa 30% dos gastos na produção, resultando em maior impacto para o produtor rural.