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Meio Ambiente

Bispos de MS defendem biomas e terras indígenas em propostas para a COP-30

Documento também foi assinado por representantes de Goiás e Brasília, que se reuniram em Bonito

Por Ketlen Gomes | 11/08/2025 15:17
Bispos de MS defendem biomas e terras indígenas em propostas para a COP-30
Representantes da Igreja Católica se reúnem em Bonito para fazer propostas à COP-30. (Foto: Divulgação CNBB Oeste)

Representantes da Igreja Católica em Mato Grosso do Sul participaram do evento Pré-COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que debateu os temas a serem indicados pela instituição para a conferência, prevista para novembro. Em carta assinada pelos participantes, estão incluídas pautas como a defesa dos biomas Pantanal e Cerrado e a demarcação de terras indígenas.

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Representantes da Igreja Católica de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal definiram propostas para a COP-30, em evento preparatório. A defesa do Pantanal e do Cerrado, a demarcação de terras indígenas e o combate à monocultura predatória são destaques da carta, que considera a crise climática uma questão socioambiental e espiritual. A Igreja defende ações concretas para proteger os biomas e os povos vulneráveis, além da criação de materiais educativos sobre ecologia. O padre André, secretário da CNBB, ressalta a preocupação com a expansão do agronegócio sem a devida proteção ambiental. As propostas regionais serão avaliadas pela CNBB para representar o Brasil na COP-30, em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Segundo o secretário-executivo da Regional Oeste 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), padre André, as propostas enviadas serão debatidas em nível nacional, e os temas levados para a COP-30 vão incluir demandas de todas as regiões do país.

Os debates começaram em Belém, e a região Centro-Oeste foi a última a enviar seus eixos. No documento elaborado por representantes de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a “crise climática e ecológica” é descrita como “não apenas ambiental, mas profundamente espiritual, moral, teológica e social” e definida como uma “ferida aberta que atinge especialmente os mais vulneráveis”, como povos indígenas, comunidades tradicionais, moradores de fronteira, pessoas em situação de pobreza e futuras gerações.

Entre as propostas apresentadas pelo Centro-Oeste estão a promoção de ações concretas em defesa do Pantanal e do Cerrado; o combate à lógica produtivista, à monocultura predatória e à contaminação das águas e do solo; e a luta pela justa demarcação das terras tradicionais dos povos indígenas.

O documento também sugere a criação, o fortalecimento e o incentivo à produção de materiais formativos e catequéticos sobre ecologia integral, o monitoramento de políticas públicas socioambientais e o fomento à espiritualidade ecológica nas comunidades, pastorais e dioceses.

O padre André destacou que a Igreja não é contra a agropecuária, mas vê com preocupação a expansão do agronegócio sem cuidados com os biomas, especialmente o avanço das monoculturas na região do Bolsão, como o eucalipto, que pode comprometer as nascentes.

Os temas levantados em todas as regiões serão avaliados pela CNBB nacional, que vai selecionar aqueles que representarão o país na COP-30. Ainda não há data para a definição final.

O encontro foi realizado em Bonito nos dias 5 e 6 de agosto. De Mato Grosso do Sul, apenas o bispo de Dourados, dom Henrique Aparecido de Lima, não pôde comparecer por questões de saúde. A COP-30 será realizada entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

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