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Meio Ambiente

Operação mobiliza forças federais contra fogo e crimes ambientais no Pantanal

Plano prevê a instalação de bases avançadas em pontos críticos e uso de geointeligência

Por Silvia Frias | 25/06/2025 07:58
Operação mobiliza forças federais contra fogo e crimes ambientais no Pantanal
Em junho de 2024, Corumbá festejava São João e sofria com as queimadas no Pantanal (Foto/Arquivo)

A Polícia Federal deu início nesta quarta-feira (25) à "Operação Incêndios 2025", com ações no Pantanal de Mato Grosso do Sul, como parte de uma ofensiva nacional contra crimes ambientais e incêndios florestais. O estado, que já enfrentou temporadas críticas de queimadas nos últimos anos, volta a ser um dos focos da atuação estratégica, que também abrange a Amazônia Legal.

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A Polícia Federal iniciou a "Operação Incêndios 2025" no Pantanal de Mato Grosso do Sul, visando combater crimes ambientais e incêndios florestais. A operação, que também abrange a Amazônia Legal, implementa ações preventivas e repressivas, com a instalação de bases avançadas e uso de tecnologia em parceria com órgãos federais e estaduais. Em 2024, a PF ampliou suas investigações, instaurando 138 inquéritos relacionados a queimadas, um aumento significativo em relação a 2023. A operação já resultou em mandados de busca, prisões e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 400 milhões. O Pantanal, bioma vulnerável, tem sido alvo constante de ações para combater incêndios e grilagem de terras.

Segundo a PF, operação marca o início de nova fase de atuação integrada, com medidas preventivas e repressivas, diante do agravamento dos eventos climáticos.

O plano tático prevê a instalação de bases avançadas em pontos críticos, a mobilização de equipes especializadas e dedicadas, o uso intensivo de tecnologia e geointeligência, além da atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública e forças de segurança estaduais e em parceria com órgãos estaduais e federais, como Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis), Ministério do Meio Ambiente e AGU (Advocacia Geral da União).

A partir de 2024, a PF ampliou ações investigativa contra crimes ambientais, quando instaurou 138 inquéritos relacionados a queimadas, quase o triplo do registrado em 2023, quando foram abertos 46 procedimentos. Agora, em 2025, são 42 inquéritos abertos.

Em ações do ano passado, a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, efetuou 16 prisões em flagrante e três preventivas, além de promover o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 400 milhões.

Nos últimos anos, o Mato Grosso do Sul tem sido alvo recorrente de operações para combater incêndios, principalmente no Pantanal, bioma altamente vulnerável a ações criminosas.

Histórico - Em 20 de setembro de 2024, a PF lançou a Operação Prometeu, com sete mandados de busca e apreensão na região de Corumbá, para investigar incêndios criminosos — que devastaram cerca de 30 mil hectares e foram associados à exploração ilegal de terras da União.

Ainda em 10 de outubro de 2024, foi deflagrada a Operação Arraial São João, com três mandados para combater incêndios provocados no Pantanal de Corumbá que ultrapassaram as fronteiras nacionais — inclusive alcançando o território boliviano.

Além dos incêndios, a grilagem também foi alvo de operações da PF. Operação Pantanal Terra  Nullius, deflagrada em 8 de maio de 2025, desarticulou um esquema de grilagem de terras da União no Pantanal sul-mato-grossense.

A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Rio Brilhante, bloqueou bens e valores superiores a R$ 3 milhões e investiga empresários, fazendeiros e servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) por crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, usurpação de bens públicos e infrações ambientais.

O grupo utilizava documentos falsos para obter ilegalmente títulos de terras federais dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro e ainda fraudava a emissão de Cotas de Reserva Ambiental para comercialização.

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