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Hora do tapetinho? Cuidado para não fazer seu cão comer as próprias fezes

Adestrador alerta que castigar cachorro por xixi no lugar errado pode fazer ele desenvolver coprofagia

Por Natália Olliver | 27/06/2025 08:13
Hora do tapetinho? Cuidado para não fazer seu cão comer as próprias fezes
Castigar cachorro por xixi no lugar errado pode fazer ele comer as próprias fezes (Foto: Reprodução inteligência artificial)

Ensinar o cachorro a fazer xixi no lugar certo pode até parecer desafiador, mas com paciência e compreensão, é totalmente possível. Para mostrar como esse processo pode ser feito sem traumas para o pet, o adestrador Anderson Pestille explica alguns fatores que podem dificultar o caminho. Segundo ele, quando se usa a estratégia errada, o resultado pode ser o oposto do esperado e, em alguns casos, o cachorro pode até começar a ingerir as próprias fezes.

Para quem mora em apartamentos e casas que não têm quintal, o tapete higiênico é uma ótima opção. A educação sanitária do cão começa com uma boa organização do ambiente. Apesar dos cães, em sua maioria, já nascerem com senso natural de higiene, é necessário orientar onde é o “cantinho” para as necessidades deste filhote. Mas calma, caso você tenha um cachorro já adulto que não sabe isso, a batalha não está perdida.

Segundo Anderson, tem que ficar claro para o cachorro onde é o dormitório, onde é o local da comida e onde vai ser o local para as necessidades. Há desvios de comportamento em que o animal acaba brincando com as fezes e até comendo, a chamada coprofagia.

Quando o dono pune o animal por não fazer o cocô no lugar certo, pode confundir o entendimento do cão. Ele pode não entender que fez no lugar errado, mas apenas que fez. "Já atendi cães que desenvolveram coprofagia, comiam o cocô e lambiam o xixi para sumir com a prova do crime, por exemplo".

Além do cão desenvolver um hábito prejudicial, puni-lo pode até gerar ansiedade no bichinho. Ele pode ficar agitado, choroso. Anderson pontua que isso pode acontecer também quando o cão troca de ambiente, saindo de uma casa para um apartamento ou indo para um condomínio com espaço de quintal menor. "É preciso ter paciência e supervisão, pois o tempo de treino varia de cão para cão".

Segundo o adestrador, o cachorro não pode fazer as necessidades no mesmo ambiente em que come. Por isso, o manejo alimentar é fundamental. Deixar a ração disponível o dia todo dificulta a previsão dos horários em que o cão vai querer fazer xixi ou cocô e consequentemente, a supervisão inicial.

"Quando o alimento é oferecido em horários fixos, o tutor consegue antecipar esses momentos e direcionar o animal ao tapete higiênico. Após as refeições, é ideal levar o cão ao local desejado e deixa ele próximo ao tapete. Para estimular o comportamento, ele pode pingar algumas gotinhas de produtos atrativos específicos no tapetinho e observar até o momento em que ele fizer. Uma vez que ele faz, o tutor sinalizar para o cão, com recompensa e carinho, que o comportamento foi correto".

Anderson explica que essa sinalização requer treino anterior para que o cão entenda que o petisco está sendo oferecido como reforço ao bom comportamento.

"Com supervisão, é possível construir um comando para o cão fazer xixi e cocô. O tutor pode repetir, em tom de voz tranquilo e calmo, a palavra “xixi”. Durante o ritual, a repetição da palavra ajuda o animal a associar o comando ao ato. Isso pode ser útil em outros espaços, como quando ele sair de casa e ouvir o mesmo comando. O treinamento baseado no reforço positivo facilita o processo de entendimento do cão. É melhor reforçar um comportamento desejado do que trabalhar com punição, que nunca é indicada".

Algumas dicas para facilitar o processo incluem não deixar o tapetinho cheio de urina, pois o cachorro não vai querer usar. O ideal é que não acumule três xixis. A recomendação é limpar o cocô no tapetinho ou trocá-lo.

Caso fique fora por muito tempo, o ideal é colocar mais de um tapete pela casa, especialmente se o cão vive em ambiente interno. Quando o animal ainda é filhote, é interessante ter um tapete em cada cômodo onde o tutor costuma passar mais tempo.

O adestrador acrescenta que é interessante manter um tapetinho próximo, pois o filhote costuma não sair de perto do dono por uma questão de referência e segurança.

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