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Política

Além de notificar Olarte, Gaeco prendeu ex-assessor de Bernal

Josemil Arruda e Zana Zaidan | 11/04/2014 20:17
Olarte disse que ação do Gaeco se deve a vídeos que circulam na internet  (Foto: Cleber Gellio)
Olarte disse que ação do Gaeco se deve a vídeos que circulam na internet (Foto: Cleber Gellio)
Caminhão carregado de documentos no Paço Municipal
Caminhão carregado de documentos no Paço Municipal

Na operação desencadeada hoje pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), além da notificação do prefeito Gilmar Olarte (PP) em sua residência na manhã desta sexta-feira, também ocorreu a prisão de Salém Pereira Vieira, que foi levado para a Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), e Ronan Feitosa, ex-assessor de Alcides Bernal, que cumpre prisão temporária na capital paulista. Ronan vem sendo citado em vídeos que demonstrariam a armação de um esquema para a cassação do mandato de Bernal, que perdeu o cargo em 12 de março por decisão da Câmara da Capital.

A operação foi conduzida pelo promotor Marcos Alex Vera, que deve ouvir na semana que vem Ronan Feitosa, daí decorrendo a necessidade de depoimento do prefeito da Capital, em data que ainda será marcada. Nos vídeos, Ronan aparece como se tivesse ligação com o prefeito Gilmar Olarte, que nega qualquer tipo de envolvimento. Por outro lado, há denúncias de que Bernal tinha tido relações estreitas com Ronan.

À imprensa, Olarte explicou esta tarde a ação do Gaeco, que além de notificá-lo, acabou prendendo dois guardas municipais que faziam sua segurança por porte ilegal de arma de fogo. Olarte informou que agora tem direito de se manifestar. “Vou acionar meus advogados para apresentar a resposta”, afirmou esta tarde e citou os vídeos. Indagado se sabe qual o motivo da investigação do Gaeco, órgão criado pelo Ministério Público Estadual, o prefeito respondeu: “Não sei precisar, mas deve ser sobre esses vídeos que estão circulando na internet. Tenho certeza que é isso”.

Em uma ação judicial recente, que tramita na 5ª Vara Cível de Campo Grande, Alcides Bernal pede que seja retirada de circulação edição do jornal Boca do Povo, em decorrência de matéria sob os títulos de "Tremendo 171 - Exclusivo" e "Ronan e Bernal extorquiram empresários". Na matéria, Bernal e Ronan são acusados de serem criminosos por terem praticado atos de extorsão contra empresários da Capital. Segundo o ex-prefeito, a acusação é "falsa" e visa apenas atacar sua honra e imagem.

Por sua vez, Olarte também ingressou com ação judicial para que fosse determinado ao Portal I9, Facebook Serviços On Line do Brasil Ltda e Google Brasil Internet Ltda a retirada do ar do vídeo intitulado “Golpe contra Alcides Bernal”, o qual considerou criminoso e ofensivo à sua moral. A ação de indenização, com pedido liminar para retirada do vídeo do ar, está tramitando na 15ª Vara Cível de Campo Grande.

Apesar de Ronan Feitosa ter sido contratado pelo então prefeito Alcides Bernal, segundo a assessoria de imprensa deste, foi na "cota do Gilmar Olarte", que na época era vice-prefeito. “Tanto Ronan, quanto o Josias e o Caco Brito são assessores do Gilmar”, garantiu Ana Rita.

Documentos transportados – Enquanto acontecia a notificação de Gilmar Olarte pelo Gaeco, na Prefeitura de Campo Grande, esta manhã, ocorreu o transporte de documentos por um caminhão da Solurb, de placa NRJ 5908. Funcionários e mirins fizeram o transporte dos documentos para o veículo, que depois se deslocou para a antiga Escola Cenec, desapropriada pelo Município e que fica próximo do Paço Municipal, na Av. Afonso Pena.

O chefe de gabinete do prefeito, Cezar Afonso, afirmou que um setor da Escola de Governo foi desativado e estava de mudança hoje. “Por enquanto vai ficar no Cenec, que é um prédio que está sem uso”, informou Afonso, negando que o transporte dos documentos tenha qualquer ligação com a operação do Gaeco.

* Com acréscimo de informação às 20h45.

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