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Política

Aprovado projeto que permite à prefeitura compra de vacina contra covid

Vereadores aprovaram projeto que permite compra, desde que aprovada pela Anvisa; prefeitura tem reserva de R$ 20 milhões

Silvia Frias | 13/01/2021 10:29
Antes da votação, comissões provisórias avaliaram o projeto do Executivo (Foto: Marcos Maluf)
Antes da votação, comissões provisórias avaliaram o projeto do Executivo (Foto: Marcos Maluf)

Por 24 x 0, os vereadores de Campo Grande aprovaram, por unanimidade, o projeto da prefeitura, que permite a compra de vacinas contra covid-19, com eficiência comprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não fornecidas pelo governo federal.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges (PSB), a prefeitura tem reserva de R$ 20 milhões para a compra das vacinas, o que não extrapola percentual de dotação orçamentária.

A medida permite que a prefeitura possa comprar vacinas que não fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunização), desde que certificadas pela Anvisa. Até o momento, duas pediram aprovação emergencial no órgão: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac e a AstraZeneca, da indústria britânica, em parceria com a Fiocruz.

A sessão durou pouco mais de 44 minutos, a primeira sessão extraordinária do ano na Câmara Municipal, convocada para apreciar o projeto de lei 9.921/21, de autoria do Executivo.

Os trabalhos foram abertos com a leitura de trecho da Bíblia, feita pelo vereador Epaminondas Silva Neto, conhecido como Papy (Solidariedade), que escolheu João 13:25: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiveres amor uns aos outros”.

Três comissões foram formadas temporariamente para apreciação da proposta: Legislação e Justiça, Finanças e Orçamento e Saúde. Todas concederam aval ao projeto. Os vereadores apenas apresentaram uma emenda, para constar que devem ser respeitados os grupos prioritários.

Presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, durante a sessão (Foto: Marcos Maluf)
Presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, durante a sessão (Foto: Marcos Maluf)

Antes da votação, o presidente da Câmara, abriu a sessão para discussão. O primeiro a falar foi o vereador Otávio Trad (PSD), que fez parte da comissão temporária de Legislação.

O parlamentar lembrou que o projeto está atrelado à MP (medida provisória) 1.026/2021, que impõe medidas que permitem a dispensa de licitação para uso emergência pelos estados e municípios. “Hoje nós estamos aprovando projeto com segurança”, citando a vinculação à aprovação da Anvisa.

Na fase de votação, o vereador Valdir Gomes (PSD) disse sim para o projeto, “mas com protesto”. O parlamentar pediu que fosse formada comissão para acompanhar a eventual compra de vacinas fora do PNI. “Não adianta votar hoje e essa vacinação não chegar aqui”.

Em vários apartes, os vereadores prestaram homenagem aos profissionais da saúde, segurança e aos familiares dos mortos pela covid-19. Em Campo Grande, são 64.387 casos confirmados e 1.174 óbitos.

Na votação, os vereadores presentes, 24 no total, foram favoráveis ao projeto, sendo aprovada a formação da comissão para acompanhar a eventual compra de vacinas contra covid-19. Os parlamentares  também pediram para integrar o conselho que formula políticas de ações de biossegurança, com participação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O presidente, Carlão, não vota.

Foram registradas ausência de Gilmar da Cruz (Republicanos), Riverton Francisco de Souza (DEM), Victor Rocha (PP), Professor Juari Lopes Pinto (PSDB), que tinham compromissos.

Vereadores presentes na sessão extraordinária na Câmara (Foto/Reprodução)
Vereadores presentes na sessão extraordinária na Câmara (Foto/Reprodução)


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