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Política

CPI questiona aumento de contrato da prefeitura e coordenadora silencia

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 14/11/2013 15:39

Em interrogatório extra, a CPI da Saúde questionou, nesta quinta-feira (14), a redução das obrigações e o reajuste de R$ 1 milhão no preço de contrato da Prefeitura de Campo Grande e a coordenadora do programa, Maria Cristina Abraão Nashif, silenciou sobre a suspeita de irregularidade.

De acordo com o presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), o convênio 1.051 de 2008, firmado com o Ministério da Saúde, previa o repasse de R$ 8,9 milhões à prefeitura em troca do cumprimento de sete itens para instalar programa integrado nos postos de saúde, visando, entre outras coisas, o agendamento de consultas por telefone.

“Um mês depois, a prefeitura enxugou o convênio em cinco itens e aumentou o valor do serviço para R$ 9,9 milhões”, detalhou o parlamentar. Até hoje, conforme investigação da CPI e da atual administração da Capital, o sistema não funciona, apesar de 95% do serviço ter sido pago.

Nomeada em 2009, pelo então secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), para coordenar a implantação do programa, Maria Cristina silenciou sobre o questionamento, com a alegação de ser responsável pela execução. “Não mexia com a parte de dinheiro”, justificou.

Segundo ela, quando deixou a coordenação do programa, em dezembro de 2012, 85% do sistema estava implantado. Maria Cristina reforçou a acusação de que a atual administração abandonou o projeto. Por outro lado, a Secretaria de Saúde, alega que o sistema de informática da prefeitura não comporta o programa e denuncia irregularidades.

O presidente da CPI engrossou a suspeita. “Há sérios indícios de irregularidades”, declarou. “O convênio foi um e o executado foi outro”, completou. Amarildo disse ainda que encaminhará a denúncia para investigação dos órgãos competentes.

Questionado sobre os motivos de a CPI centrar os trabalhos na instalação do sistema de agendamento de consultas nos postos de saúde da Capital e deixar de lado o caos no setor, diante da falta de medicamentos e de vagas nos hospitais, o deputado alegou que essa foi “a única denúncia grave que chegou”.

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