ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 11º

Política

Diante de estudantes, deputados passam manhã em bate-boca sobre guerra

O clima ficou quente durante debate sobre conflito envolvendo Israel, Irã e Hamas

Por Maristela Brunetto e Fernanda Palheta | 24/06/2025 12:14

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Deputados estaduais protagonizaram um intenso debate sobre a guerra no Oriente Médio durante sessão na Assembleia Legislativa. O deputado Pedro Kemp (PT) questionou gastos do governo estadual com o envio de servidores a Israel, criticando as mortes de civis palestinos. A deputada Gleice Jane (PT) endossou o pedido de informações, classificando o governo israelense como terrorista. O deputado Roberto Razuk Filho (PL) reagiu às falas dos petistas, acusando-os de politicagem. Razuk defendeu Israel e afirmou que as críticas se deviam ao apoio de bolsonaristas ao país. O clima esquentou, com troca de acusações e a intervenção do presidente da Casa, Gerson Claro, para apaziguar os ânimos, especialmente pela presença de estudantes que acompanhavam a sessão. Apesar do bate-boca, os alunos consideraram o debate o ponto alto da visita. Após a sessão, Kemp reiterou sua posição contra as mortes de civis, negando apoio a grupos terroristas.



Um grupo de estudantes que foi esta manhã conhecer o funcionamento do Poder Legislativo acabou presenciando um acirrado debate entre deputados estaduais, tendo como tema a guerra no oriente médio, envolvendo Israel, Palestina e o Irã. O petista Pedro Kemp trouxe o assunto ao centro e acabou se envolvendo em um bate-boca com Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk, do PL.

Kemp começou a falar sobre a guerra ao pedir informações sobre eventuais gastos públicos feitos pelo Governo do Estado com o envio de três servidores para conhecerem experiências do Governo do Israel, ficando retidos dias no País junto com representantes de outros estados e até políticos por conta do início da guerra com o Irã.   O parlamentar questionou a escolha do país para visita mencionando que Israel é acusado de genocídio diante das mortes de palestinos, após reação a ataque terrorista do Hamas.

O petista citou o número de crianças, idosos e mulheres mortos pelo governo israelense, citando que as mortes de crianças superaram proporcionalmente os registros da época do nazismo. A colega de partido, Gleice Jane, disse que endossava o pedido de informações, chamando o governo de Israel de terrorista.

Em um primeiro momento, o assunto não despertou reações. Mais adiante, Razuk ocupou a tribuna para chamar a fala de Kemp de politicagem, que em vez de criticar o Governo do Estado, o PT poderia ficar na oposição e deixar os cargos comissionados que ocupa; disse ainda que criticava Israel pelo fato de bolsonaristas apoiarem. Kemp, então, pediu a palavra, para dizer que não havia sido compreendido, uma vez que sua posição não era de apoio ao Hamas ou ao Irã, mas de críticas às mortes.

O nível escalou com o uso da expressão politicagem por Razuk e ainda a afirmação de que cassaria o aparte a Kemp assim como esperava ver a cassação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chegou a dizer que os petistas falavam abobrinhas e disse que sentia o impacto da guerra porque tinha familiares em Israel. Foi preciso a intervenção do presidente da Casa, Gerson Claro, pedindo que ambos abaixassem o tom, uma vez que estavam na frente de um grupo de adolescentes, alunos de uma escola particular do nono ano e ensino médio, que foram ao local ver como funcionava o Poder Legislativo.

Questionados pela reportagem ao final da sessão como havia sido a experiência, diferente da preocupação do presidente da Casa, eles disseram que gostaram do debate, considerado o melhor momento da sessão. Quando o plenário já tinha sido esvaziado, Kemp ainda voltou ao microfone, falando somente para as câmeras. Disse que precisava se explicar para reafirmar que não apoiava terroristas, mas era contra a morte de crianças e pessoas inocentes.

Nos siga no Google Notícias