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Política

Mara Caseiro e João Grandão são condenados na 'Máfia dos Sanguessugas'

Nyelder Rodrigues e Kleber Clajus | 23/11/2017 22:47

A Justiça Federal de Naviraí - cidade localizada a 366 km de Campo Grande - suspendeu os direitos políticos e condenou à devolução de valores aos cofres públicos os deputados estaduais João Grandão (PT) e Mara Caseiro (PSDB), em ação relativa a Máfia das Ambulâncias. Outras sete pessoas também foram condenadas.

Os nove condenados também devem ter direitos politícos suspensos e, três deles, terão que deixar o cargo público ocupado, conforme a decisão - que ainda tramita em primeira instância e é passível de recurso.

Além Mara e Grandão, são citados Ignávio Carlos Pinto, Carlos Alberto Gomes Guirelli, Eliane Cláudia da Silva Rolin, Paulo Lotário Junges, Darci José Vedoin, Cléia Maria Trevisan Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

Outra denunciada, Maria Estela da Silva, foi inocentada por, segundo o magistrado, não haver provas de ter cometidos ilícitos. A Máfia das Ambulâncias, que também ficou conhecida como Máfia das Sanguessugas, e foi descoberta em 2006.

De acordo com a denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal), os denunciados faziam parte de esquema fraudulento para aquisição de ambulâncias e veículos de transporte escolar, entre outros, com recursos do Fundo Nacional de Saúde.

Condenação - Mara, João, Ignávio, Carlos, Eliane, Paulo, Darci, Cléia e Luiz foram condenados a devolver aos cofres públicos o valor de R$ 5.768,06 - quantia ainda sem correção monetária.

Além disso, eles terão que pagar em multa metade do valor definido para devolução. Já Grandão teria ainda que devolver R$ 5,6 mil, relativo à 10% da emenda destinada e alvo de desvio. Ele também terá que pagar outra multa, de R$ 11,2 mil.

Ingávio, Carlos e Cláudia foram condenados a perda de função pública, além de perderem direitos políticos por cinco anos. Paulo perdeu os direitos por seis anos e, enquanto Darci, Cléia e Luiz, por sete.

Grandão, que na época do fato era deputado federal e teria recebido "comissão" por destinar a verba, foi condenado a perda dos direitos políticos por nove anos. Ele já havia sido condenado no caso em 2015.

Já Mara, que era prefeita de Eldorado - cidade localizada a 447 km de Campo Grande - na época do fato pelo qual foi denunciada, foi condenada a perder os direitos políticos por sete anos.

A reportagem procurou os deputados envolvidos no caso, e conseguiu contato apenas com João Grandão. O parlamentar afirmou que não foi comunicado oficialmente sobre a condenação. "Estamos fazendo recurso e vamos protocolar em cima da convicção de que não existe nada de errado. É decisão de primeira instância e vamos recorrer".

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