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Política

Relatório promete “pizza indigesta”, com indiciamentos na Prefeitura e Consórcio

Presidente da CPI do Transporte Coletivo utilizou a expressão para falar do desfecho da investigação

Por Maristela Brunetto e Mylena Fraiha | 09/09/2025 11:22
Relatório promete “pizza indigesta”, com indiciamentos na Prefeitura e Consórcio
Vereadores ouvem técnica durante uma das audiências da CPI do Transporte Coletivo: falta concluir e apresentar relatório (Foto: Arquivo Ketlen Gomes)

Os integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo, conduzida pela Câmara de Vereadores de Campo Grande, devem se reunir amanhã para concluir o relatório. Já se antecipa, porém, que haverá indiciamentos tanto da Prefeitura quanto do Consórcio Guaicurus. O presidente da comissão, vereador Lívio Leite (União Brasil), afirmou que o texto resultaria em uma “pizza indigesta que os dois vão ter que engolir”.

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A CPI do Transporte Coletivo de Campo Grande deve apresentar seu relatório final com indiciamentos tanto da Prefeitura quanto do Consórcio Guaicurus. O presidente da comissão, vereador Lívio Leite, antecipou que o documento será uma "pizza indigesta" para ambas as partes. Entre as irregularidades apontadas estão omissões do poder público na fiscalização do contrato de concessão e descumprimento do padrão de serviço pelo Consórcio, incluindo más condições dos veículos. A comissão também avalia incluir a exigência de ar-condicionado nos ônibus, proposta anteriormente vetada pela prefeita Adriane Lopes.

O parlamentar e a também integrante Luiza Ribeiro (PT) confirmaram a inclusão de indiciamentos, mas não revelaram nomes. A vereadora citou omissões do poder público no papel fiscalizador do contrato de concessão firmado com as empresas do consórcio — no caso, a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) e a Agetran (Agência de Transporte e Trânsito) —, além do descumprimento do padrão de serviço pelo Consórcio, como a má condição de circulação dos veículos.

“Não somos nós que vamos atribuir se certa conduta é ou não criminal, mas o indiciamento orienta no sentido de perquirir se aquela pessoa cometeu ou não aquela falha”, declarou Luiza.

Os parlamentares também avaliam incluir no relatório a exigência de instalação de ar-condicionado nos ônibus. O tema chegou a ser votado e aprovado pelos vereadores, mas foi vetado pela prefeita Adriane Lopes (PP) e o veto foi mantido.

A relatora da CPI, vereadora Ana Portela (PL), declarou na semana passada que já havia concluído seus apontamentos para o relatório, mas os colegas pediram prazo maior. Além dos três já citados, integram a comissão Maicon Nogueira (PP) e Júnior Coringa (MDB). O grupo deverá definir se o relatório será apresentado apenas em sessão conduzida por eles, prevista para sexta-feira, ou se também será levado ao plenário com todos os parlamentares.

A CPI encerrou seus trabalhos no início de julho e, após dois adiamentos, fixou um novo prazo mais amplo para entrega do relatório final até 30 de setembro.