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Política

Se depender dos colegas, Puccinelli será presidente do PMDB e candidato em 2018

Ricardo Campos Jr. e Kleber Clajus | 16/11/2017 15:07
Membros do PMDB deixam diretório do partido após reunião. Na foto, o deputado estadual Junior Mochi e Vanderlei Cabeludo (Foto: Paulo Francis)
Membros do PMDB deixam diretório do partido após reunião. Na foto, o deputado estadual Junior Mochi e Vanderlei Cabeludo (Foto: Paulo Francis)

Se depender dos principais nomes do PMDB em Mato Grosso do Sul, o ex-governador André Puccinelli continua sendo a primeira opção para dirigir o partido e disputar as eleições em 2018, mesmo após a prisão dele por suspeitas de liderar uma organização criminosa que teria causado pelo menos R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.

Nesta quinta-feira (16) os integrantes da sigla decidiram adiar a convenção marcada para sábado (18), pois tiveram receio de que o episódio pudesse se transformar no centro das discussões e ofuscar a votação.

“A gente não discutiu isso [hoje], mas se depender de nós, sim [o André segue como a principal opção do PMDB", disse a senadora Simone Tebet.

Puccinelli não participou do encontro, então foi visitado em casa por uma comitiva de colegas partidários que o consultaram a respeito do tema. "André deu carta branca e o partido resolveu fazer dia 2 de dezembro [a convenção]", disse Simone.

O deputado federal Carlos Marun foi um dos que concordaram que a prisão de André poderia ofuscar o objetivo da convenção. Para ele, André será o que quiser e aceitar dentro da legenda, já que passou pelo que chamou de constrangimento provocado pela detenção. “Nos dói esse adiamento, mas precisamos fazer a convenção com menos fígado e mais cabeça”, disse.

Junior Mochi, deputado estadual, pontuou que as mudanças na data da convenção foram definidas em conjunto em respeito tanto ao ex-governador como à família dele.

Prisão - Na 5ª fase da operação Lama Asfáltica, a Polícia Federal apontou Puccinelli  como "beneficiário e garantidor" do esquema de propina pagas por frigoríficos. Só a JBS teria repassado R$ 20 milhões ao grupo em um único ano.

A operação foi desencadeada seis meses depois que Puccinelli foi alvo da 4ª fase da Lama Asfáltica. A delação premiada do pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, que diz ter sido operador de esquema de cobrança de propinas de 2006 a 2013, motivou a deflagração da nova etapa da operação.

O ex-governador foi preso junto com o filho André Puccinelli Junior e dos advogados Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves. Os dois primeiros foram libertados nessa quarta-feira (15) pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da Terceira Região). Os habeas corpus dos demais detidos ainda estão tramitando.

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