ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 25º

Política

Sem veto do Executivo, salários dos vereadores subirão para R$ 22 mil

Projeto já foi aprovado pelos parlamentares e, até então, dependia de parecer do chefe do Executivo municipal

Mayara Bueno | 03/01/2019 11:17
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), durante entrevista. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), durante entrevista. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).

“Não precisa da minha sanção, agora é com eles”, confirmou o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), nesta quinta-feira (dia 3). Amanhã, encerra o prazo para o município analisar a proposta de acréscimo de 47% no reajuste dos parlamentares.

Contudo, segundo o chefe do Executivo municipal, recomendação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul enviada à Câmara Municipal, anteriormente, previa que o projeto aprovado pelos parlamentares passasse pelo prefeito, apenas para que ele tenha ciência se o aumento previsto impacta o cofre público municipal.

“Eu peguei [o projeto], atendi o que o MP pede. Impacta? Não impacta”, afirmou Marquinhos Trad. Ainda de acordo com o chefe do Executivo municipal, a Prefeitura teria três caminhos: vetar e os vereadores derrubarem; sancionar, medida que também poderia ser revertida pelos parlamentares com outro projeto de lei ou o “silêncio”.

“Eu vou fazer o que a lei manda, a questão é deles, se quiserem promulgar. Eu cuido salário dos meus funcionários e eles cuidam do deles. Eu vou devolver com o parecer dizendo que não impacta, conforme recomendação do MP e eles que decidam entre eles”.

Entre as maneiras de os parlamentares tentarem abrir mão do reajuste, o prefeito ‘sugeriu’ que os vereadores que se posicionaram contra o aumento, durante a votação em dezembro passado, apresentem medida para derrubar. “Basta que o Vinicius [Siqueira, do DEM] Salineiro [André Salineiro, do PSDB] e o Papy [Epaminondas Vicente da Silva, do SD], que se mostraram contrários, apresentem um projeto revogando a lei”.

Sobre o repasse

Lei municipal prevê que a Prefeitura de Campo Grande repasse de 4,5% do orçamento previsto para o ano à Câmara Municipal, no chamado duodécimo. São parcelas mensais que a Casa de Leis recebe para custear as despesas e pagar salários. O reajuste proposto pelos vereadores está dentro deste percentual, por isso o prefeito afirma que os 47% a mais não vão impactar no que, constitucionalmente, já é enviado aos vereadores.

O projeto aprovado pelos vereadores, em dezembro passado, prevê que os salários dos parlamentares subam dos atuais R$ 15.031,76 para R$ 22 mil, a partir de 2021. O aumento representa 75% do teto do salário dos deputados estaduais, que hoje é de R$ 25.322,25.

Nos siga no Google Notícias