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Política

Vereadores elogiam hospital infantil, mas cobram detalhes de arrendamento

Renan Nucci e Kleber Clajus | 05/08/2014 14:01
Parlamentares cobraram hoje detalhes sobre arrendamento de hospital infantil (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)
Parlamentares cobraram hoje detalhes sobre arrendamento de hospital infantil (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)

Os vereadores de Campo Grande avaliaram como positivo arrendamento do Hospital Sírio Libanês, celebrado nesta terça-feira (5), para colaborar no atendimento pediátricos na Capital. Por outro lado, solicitaram detalhes da transação que custará anualmente R$ 24 milhões aos cofres públicos, quando estiver operando com 100 leitos e dois centros cirúrgicos.

Paulo Siufi (PMDB) disse que por hora está se alugando um prédio”, mas o objetivo maior é prever no Orçamento de 2015 recurso para operação da unidade e construção do Hospital Municipal. Ele também destacou que será necessário fornecer condições para bom atendimento e de trabalho aos pediatras, cerca de cinco, que irão atuar em três turnos. “Não é simplesmente abrir as portas e deixar as coisas rolarem”, pontuou.

Para Magali Picarelli (PMDB), a medida do Executivo faz justiça às crianças que não podem pagar por um plano de saúde e auxilia os pais a ter um ponto de referência para atendimento, uma vez que o Sírio Libanês está localizado na Avenida Afonso Pena próximo a linhas de transporte coletivo.

Em contrapartida, Carla Stephanini (PMDB), membro da Comissão Permanente de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal, não ficou apenas nos elogios. Ela cobrou detalhamento da origem do recurso para pagar o arrendamento que custará R$ 193 mil, entre prédio e equipamentos.

“Não vejo nas peças orçamentárias previsão de recursos para este hospital. Ou seja, o orçamento deverá ser adequado para esta finalidade”, avaliou Stephanini.

Thais Helena (PT) reforçou o grupo que busca informações mais completas sobre a transação entre Prefeitura de Campo Grande e o Grupo Hospitalar El Kadri. Mesmo assim, considera “boa iniciativa” a decisão adotada para reduzir déficit no atendimento infantil.

Já Elizeu Dionízio (SDD), lembrou do temor de que a escala de médicos possa esvaziar o atendimento nas UPAs (Unidadades de Pronto Atendimento). Tal possibilidade, no entanto, foi afastada pelo secretário de saúde Jamal Salem pela manhã, ao garantir que nada será alterado e processo seletivo deve garantir reforço no quadro de pediatras para atender no Hospital Infantil.

Homenagem - Contrariando sugestão do Executivo, com pretensão de nomear a unidade com nome do pai de Olarte, os vereadores devem propor projeto de lei para homenagear o padre e pediatra Ubiratan Alves, por sua contribuição com o avanço da especialidade no Estado.

Ubiratan, inclusive, foi lembrado por ter sido professor da especialidade de pediatria de Siufi e médico dos vereadores Otávio Trad (PT do B) e Thaís Helena (PT), por exemplo.

“Chegou o momento de reconhecer uma pessoa que, de fato, contribui com o cuidado das crianças”, sugeriu Elizeu.

Hospital – O Hospital da Criança vai funcionar em um setor arrendado junto ao Hospital Sírio Libanês, com atendimento via SUS (Sistema Único de Saúde), de 200 crianças por dia.

A perspectiva da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é de que nesta semana sejam iniciados atendimentos ambulatoriais, sendo as internações encaminhadas para a Santa Casa. Nos próximos 60 dias, 100 leitos devem ser ativados para atender 40 crianças e 60 adultos. Já em dezembro, dois centros cirúrgicos entram em operação, além de dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

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