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Direto das Ruas

Motorista fica 4 horas na rua com carro batido e sem atendimento de trânsito

Mariana Lopes | 25/06/2013 19:45
Uno colidiu com Pálio no cruzamento das ruas Arthur Jorge e Doutor Dolor Ferreira (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Uno colidiu com Pálio no cruzamento das ruas Arthur Jorge e Doutor Dolor Ferreira (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Pálio foi atingido na lateral traseira (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Pálio foi atingido na lateral traseira (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)

Por volta das 12h40 desta terça-feira (25), um Fiat Uno bateu no carro da assistente social Clarissa Carolini Henrique Pereira, de 24 anos. Segundo a motorista, ela ficou até às 16h30 no cruzamento das ruas Arthur Jorge e Doutor Dolor Ferreira de Andrade, na região do bairro São Francisco, em Campo Grande, com o veículo batido e sem receber atendimento da polícia de trânsito.

Clarissa conta que trafegava na preferencial pela rua Arthur Jorge quando o motorista do Uno, que vinha pela rua Doutor Dolor Ferreira de Andrade, atingiu a lateral traseira do Pálio no qual ela dirigia. Ninguém ficou ferido.

Ainda segundo a assistente social, com a batida o para-choque do Uno caiu e dois passageiros do veículo pegaram o acessório do veículo e tentaram fugir do local, mas foram impedidos por um motociclista que testemunhou o acidente.

No cruzamento, o marido da motorista, Guilherme Farias Tomanquevez, 27 anos, ligou pelo menos cinco vezes para o número 190 solicitando atendimento da Polícia de Trânsito. Segundo ele, a informação que recebeu foi de que na tarde desta terça-feira ocorreram muitos acidentes na Capital e o atendimento poderia demorar.

Ainda conforme relatos do casal, uma viatura da Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito) passou pelo local do acidente e não parou, mesmo com sinais de alerta dados pelos dois.

Guilherme conta que o motorista do Uno, com placas de Barretos/SP, conseguiu fugir do local do acidente quando começou a chuva que atingiu a cidade na tarde de hoje. Depois disso, ele e a esposa foram até a sede da Ciptran para denunciar o ocorrido.

Segundo Guilherme, quando chegaram ao pátio da Companhia, observaram pelo menos seis viaturas paradas e policiais sentados, conversando.

“Queremos denunciar o descaso e o péssimo atendimento que tivemos, quem me atendeu na primeira vez que liguei disse que a viatura da polícia poderia demorar até meia hora para chegar ao local, mas fiquei 4 horas lá parado e ninguém foi nos atender”, reclamou Guilherme.

Segundo o comandante da Ciptran, tenente-coronel Alírio Vilassanti, os acidentes com vítimas, que caracterizam algum tipo de crime, têm prioridade no atendimento. Em casos de acidentes nos quais há apenas danos materiais, as partes envolvidas, conforme orientação do comandante, podem fazer o registro on-line pelo site da Polícia Militar.

Outra opção, ainda conforme o tenente-coronel da Ciptran, é recorrer ao Juizado de Trânsito, mas que neste caso não pode fazer o atendimento porque o motorista do Uno estava sem documento, de acordo com informações de Alírio Vilassante.

Sobre a fato de ter viaturas paradas no pátio da Ciptran, o comandante da companhia afirma que elas estavam preparadas para atender à manifestação que teria na tarde de hoje na Capital, mas que foi cancelada por causa da chuva.

Conforme informações da Ciptran, o atendimento on-line da Polícia Militar existe há 2 anos e tem 6 mil registros. O comandante Alírio Vilassante afirma que a companhia conta com 4 viaturas para atender a acidentes de trânsito em Campo Grande e que o Juizado de Trânsito tem mais 2 viaturas.

Para-choque do Uno caiu com o impacto da batida (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Para-choque do Uno caiu com o impacto da batida (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Segundo Guilherme, pelo menos 6 viaturas estavam estacionadas no pátio da Ciptran na tarde de hoje (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
Segundo Guilherme, pelo menos 6 viaturas estavam estacionadas no pátio da Ciptran na tarde de hoje (Foto: Guilherme Farias Tomanquevez)
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