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Cidades

Fator pandemia: expectativa de vida cai quase 2 anos no Estado

Estudo preliminar elaborado por universidades estadunidenses junto a UFMG atribui pandemia como justificativa

Guilherme Correia | 29/04/2021 11:30
Sozinha, ciclista passa na calçada de rua de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Sozinha, ciclista passa na calçada de rua de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Os efeitos da pandemia já aparecem no total de mortes de Mato Grosso do Sul, e influenciam até mesmo na expectativa de vida. Conforme estudo preliminar, sul-mato-grossenses tiveram redução de um ano e nove meses nesse índice.

Último estudo oficial divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, indicava que a média era de 76,3 anos.

Levantamentos feito pelo Campo Grande News há algumas semanas já indicavam que uma a cada três mortes, no geral, eram por covid-19. A doença, inclusive, fez crescer o total de óbitos em cerca de 44%.

Estudo - O artigo "Redução da expectativa de vida em 2020 após a Covid-19" foi elaborado por universidades estadunidenses junto a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que avaliaram demograficamente taxa de mortos em 2020. Essa avaliação é feita anualmente pelo IBGE, que neste ano sofreu com corte de verbas por parte do governo federal.

É importante ressaltar que a pesquisa ainda não teve "revisão por pares", procedimento feito entre pesquisadores para garantir maior validade científica. Essa revisão é feita por outros especialistas, não vinculados ao estudo em questão, fazendo uma avaliação crítica do material.

Junto a instituição brasileira, estavam envolvidos cientistas das universidades de Harvard, Princeton e da Universidade do Sul da California. O trabalho foi submetido para publicação na MedRxiv, da Universidade de Yale.

Conforme a publicação, o avanço da pandemia em 2021 - que já registra mais vítimas que o ano passado - faz com que a expectativa tenha reduzido em todo o País. Além disso, houve interrupção dos serviços de atendimento primário da saúde, por conta da lotação de hospitais, além de complicações causadas por sequelas do coronavírus, aumento da pobreza e crise econômica e redução no orçamento para outros agravos.

Por fim, o estudo conclui que "as consequências, infelizmente e inaceitavelmente, continuarão a ser medidas em vidas humanas perdidas, e as consequências demográficas futuras podem ser ainda piores do que as relatadas aqui".

De acordo com os dados, o Distrito Federal apresentou pior queda, com diminuição na expectativa de vida equivalente a 3,68 anos. Além disso, Amapá teve redução de 3,62 anos e Amazonas de 3,28 anos. O estado de Minas Gerais registrou a menor queda, de 1,18 anos.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul registrou mais de 247,2 mil pessoas que se infectaram em algum momento com coronavírus. Desses, 2.383 pessoas morreram no ano passado, enquanto 2021 já registra 3.303 mortes pela covid-19.

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