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Cidades

Santa Casa retoma negociação e equipe de cirurgiões volta ao trabalho

Contrato com 21 médicos havia sido rompido, após negociação frustrada para mudança de regime

Silvia Frias | 05/05/2019 08:02
No sábado, apenas um cirurgião estava no plantão, depois do rompimento do contrato (Foto/Arquivo)
No sábado, apenas um cirurgião estava no plantão, depois do rompimento do contrato (Foto/Arquivo)

Os 21 médicos que compõem a equipe de cirurgia geral da Santa Casa voltaram ao trabalho ontem, depois de retomada da renegociação dos contratos com o hospital. O serviço havia sido suspendo após rompimento de contrato com a instituição.

A reunião foi realizada ontem, logo após a decisão da Santa Casa de rompimento de contrato com os profissionais. O Campo Grande News teve acesso à ata da reunião em que foi definida a retomada do serviço.

O rompimento do contrato veio depois de um mês de negociação, em que os médicos queriam ser enquadrados no regime CLT, com garantias e vínculos empregatícios e, caso não fossem atendidos, encerrariam as atividades em 30 dias. Antes disso, a Santa Casa optou por acabar com o contrato.

Discussão - participaram da reunião a equipe médica da cirurgia geral, presidente do Sindicato dos Médicos de MS, Flávio Freitas Barbosa, presidente do Conselho Regional de Medicina, Alex Fabiano Finamore, diretoria técnica em substituição, Priscila Oliveira, a vice-presidente do hospital, Gracita Barbosa e os secretários Municipal (José Mauro Pinto de Castro Filho) e Estadual (Geraldo Rezende) de Saúde.

Na reunião,Priscila disse que houve “ruído” na negociação. Por causa do impasse, apenas um  médico estava no plantão de sábado e o hospital estava disposto a retomar a discussão.

Os médicos reiteraram que foi a Santa Casa quem encerrou o contrato em plena negociação. Foi citada a data de 25 de abril, em que a categoria pedia contratação pelo regime CLT, o que seria “inviável e inegociável” segundo a instituição e, por isso, foi acertada um contrato de prestação de serviços como pessoa física, mas, no dia 30, a resposta do hospital foi diferente dos termos acordados.

A partir daí, seriam 15 dias de negociação, prazo que não foi respeitado pelo hospital ao definir pelo rompimento do contrato.

Novamente, a diretoria do hospital afirmou que a negociação não havia sido finalizada e pediu o retorno dos plantonistas, dizendo que voltariam a debater o assunto nesta segunda-feira, às 8 horas.

O secretário José Mauro lembrou o tempo que era diretor clínico do hospital em que brigava para que o atual momento não chegasse e que o problema do vínculo empregatício é realidade em todas as santas casas. Ainda citou o “amadorismo” na contratação.

Depois do debate, o cirurgião Heitor Soares de Souza reiterou pedido de garantia de vínculo de celetistas dos colegas e disse que o serviço será retomado, pedindo somente “uns minutos” para reorganização da escala.

A garantia dada por Priscila Oliveira foi a retomada das negociações e que nenhum cirurgião fora do grupo será contratado no prazo de 30 dias. Além disso, o colega que estava no trabalho, em caráter emergencial, seria desligado.

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