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Cidades

“Chega de frio”: acostumado com mês seco e quente, campo-grandense reclama

Mês deste ano compete com agosto mais gelado da história em 2013 em que temperaturas ficaram abaixo de 0

Guilherme Henri e Bruna Kaspary | 27/08/2018 16:42
Mesmo com sol, idoso permaneceu agasalhado nesta tarde em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Mesmo com sol, idoso permaneceu agasalhado nesta tarde em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

No popular, agosto é considerado o mês de dias intermináveis, normalmente seco e quente, apesar de estar no inverno. Porém, agosto de 2018 contrariou duas percepções: passou rápido e com dias mais frios que a média. Nas ruas, como reclamar não paga imposto, o que não falta é quem se queixe.

Para a cabeleireira Rúbia Tatiane Flores, 29 anos, agosto “está muito estranho”. “Eu não gosto de frio, normalmente é para ser quente e seco em agosto, seria melhor se estivesse chovendo e não frio”, destaca.

Ela conta que sai de casa às 6h40 e volta somente à meia noite, então sempre tem que carregar um casaco com ela, que fica amarrado na cintura para garantir que não irá passar frio.

“O nosso tempo é muito volátil, hora tá quente, hora chove, depois esfria, a gente nunca sabe o que vai acontecer”.

Opinião compartilhada pela panfleteira, Aline Leite, 15 anos, que afirma não aguentar mais as baixas temperaturas. “Eu odeio o frio, não aguento mais ter que colocar tanto casaco. De manhã aqui tá frio, de tarde tá quente, daí tem que tirar o casaco”.

Rúbia Tatiane Flores, 29 anos (Foto: Bruna Kaspary)
Rúbia Tatiane Flores, 29 anos (Foto: Bruna Kaspary)
Campo-grandense agasalhados no Centro nesta segunda (Foto: Bruna Kaspary)
Campo-grandense agasalhados no Centro nesta segunda (Foto: Bruna Kaspary)

Para o vendedor Ayrton Rodrigues, 23 anos, a pior parte é ter que acordar cedo. “É complicado demais acordar cedo, agasalhar as crianças e cuidar para não ficar resfriado”, descreve.

Além disso, de acordo com o vendedor, o frio ainda dificulta o seu trabalho. “Dificulta muito o trabalho porque, imagina só: você está quentinho na sua casa e vem uma pessoa pedir para você sair para vender um negócio na porta, ninguém quer sair de dentro de casa em dias assim”, desabafa.

Dados do Centec (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul) apontam que o mês de agosto mais frio no Estado foi registrado em 2013 com temperaturas de -2,5°C. Neste ano, o mês compete ao recorde histórico. A menor temperatura registrada foi de 2°C. Em Campo Grande a mínima registrada até o momento foi de 7,2 °C.

Além disso, segundo o meteorologista da Uniderp, Natalio Abraão, na madrugada desta segunda-feira (27) houve geadas em nove municípios: Rio Brilhante, Maracaju, Jutí, Itaquirai, Iguatemi, Fátima do Sul, Caarapó, Bela Vista e Amambaí.

A menor temperatura foi registrada em Iguatemi com 7ºC e sensação térmica do mês de -5ºC. Ainda segundo o meteorologista este é o agosto com as menores temperaturas mínimas em dois dias seguidos desde 2009 com geadas em mais de cinco cidades.

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