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Capital

“Me pegaram como bode expiatório”, diz réu por envenenar agentes penitenciários

Crime aconteceu no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho no dia 20 de abril de 2016

Viviane Oliveira e Bruna Pache | 15/02/2019 12:24
Reginaldo durante depoimento nesta manhã (Foto: Bruna Pache)
Reginaldo durante depoimento nesta manhã (Foto: Bruna Pache)

Durante julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri, nesta manhã (15), Reginaldo Soares da Silva, conhecido como Rondonópolis - réu por envenenar seis agentes penitenciários - negou o crime. O crime aconteceu no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho no dia 20 de abril de 2016.

“Em momento algum mexi na garrafa de café. Me pegaram como bode expiatório para me incriminar”, disse. 

Ele, que cumpre pena por tentativa de homicídio, relatou que morava em uma cela evangélica e tinha bom comportamento. Após o crime, durante as investigações, Reginaldo foi transferido para uma cela dos detentos jurados de morte. Os companheiros de cela do acusado foram interrogados e relataram à polícia que Reginaldo era integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e tinha envenenado os agentes. O caso e uma série de retaliações como ônibus queimados na cidade ocorreram após treinamentos dos agentes penitenciários recém-formados no curso de intervenção rápida na unidade.

Questionado sobre o depoimento dos colegas de cela, Reginaldo negou e disse que nunca participou de facção nenhuma. “Não cheguei perto da garrafa de café, se tivesse colocado veneno algum agente teria visto”, afirma.

Conforme a denúncia do Ministério Público, Reginaldo cumpria pena no estabelecimento e, durante o dia, fazia serviços de entrega de marmitas aos detentos. No dia do crime, ele retirou os pães da cozinha para fazer a distribuição nas celas. Na sequência, o acusado foi até à passarela 2, com uma sacola de pão e colocou sobre a mesa, próximo a garrafa de café deixada por outro detento, que era responsável pelo preparo do café dos agente penitenciários.

Lá, ainda de acordo com a denúncia, teria permanecido por algum tempo ao lado da mesa onde estava o café. Depois disso, Reginaldo teria voltado à mesa por mais duas vezes. Os agentes que haviam tomaram o café passara mal e foram socorridos ao hospital. Uma dos agentes de 59 anos, que ficou mais grave, teve três paradas cardíacas e ficou dois dias e meio internado. (Veja, abaixo, vídeo sobre a movimentação dos presos no dia do crime. Reginaldo aparece  nas imagens de touca branca) 

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