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Capital

Acidentes “atípicos” e HU lotam pronto-socorro da Santa Casa

Aline dos Santos | 18/07/2013 11:25
Setor de ortopedia do hospital está no limite, com  28 pacientes. (Foto: Marcos Ermínio)
Setor de ortopedia do hospital está no limite, com 28 pacientes. (Foto: Marcos Ermínio)

Com a superlotação no setor de Trauma, para onde são encaminhados principalmente vítimas de acidentes de trânsito, a Santa Casa de Campo Grande pode suspender as cirurgias eletivas.

De acordo com o diretor-técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura, há praticamente dois anos os pacientes da ortopedia não ficavam no corredor. “No ano passado, essa situação ocorreu por duas horas. Hoje, são 28 pacientes com fraturas no Pronto-Socorro. Foram 13 cirurgias ontem à noite”, relata.

Na análise do diretor, a situação é resultado da paralisação do centro cirúrgico do HU (Hospital Universitário) e acidentes. Contudo, a “epidemia” de acidentes na segunda metade do mês é considerada atípica por quem vive a rotina do setor de emergência. “É mais comum no começo do mês, quando saem os salários”, afirma Kanamura.

Diante do quadro, o diretor decide ainda nesta quinta-feira se vai suspender as eletivas, procedimentos cirúrgicos que são agendados. Com a sala de pré-operatório lotada, o pastor Valdir João Alves, de 33 anos, está no corredor.

“Ele estava correndo e rompeu o tendão de Aquiles, conta Juliana Alves, de 30 anos, esposa do paciente. Ela está desde às 22h de ontem no hospital. “Ele precisa fazer ultrassom para operar, mas não tem médico”, relata, sobre as dificuldade de atendimento.

Conforme o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, a Santa Casa realizou 2.246 procedimentos cirúrgicos, sendo mil na área de ortopedia. Apontada como solução para desafogar a Santa Casa, a obra do Hospital do Trauma está parada desde maio.

Com R$ 3.013.740,56 no caixa, o projeto não pode prosseguir por problemas técnicos. Não há detalhes da parte hidráulica, elétrica, instalações de gás e de projeto contra incêndio. A expectativa é que o impasse se resolva nos próximos 45 dias.

A previsão era que a construção, autorizada em 25 de junho de 2010, fosse entregue em 2012. Ao todo, o custo chegava a R$ 17 milhões.

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