Agente penitenciário morto há 8 meses foi alvo de vingança de internos
O trabalhador havia apreendido drogas e celulares dos dois presos e depois passou a ser ameaçado de morte

Após oito meses de investigação, a Polícia Civil concluiu que o agente penitenciário Hudson Moura da Silva, 34 anos, foi morto por dois internos do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa de Albergado, em Campo Grande, onde ele trabalhava.
De acordo com a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), Rafael Gomes Gonçalves, 24 anos, e Adriano José Lopes Moura, 31 anos, mataram Hudson porque o agente havia apreendido drogas e celulares deles.
Hudson foi atingido por tiros no dia 31 de outubro do ano passado. Socorrido à Santa Casa, ele morreu 18 dias depois no hospital.
As investigações da Polícia Civil revelaram que quatro dias antes de ser alvejado, o agente flagrou Rafael tentando entrar na unidade penal com três celulares, maconha e pasta base de cocaína.
Os telefones eram de Rafael e os entorpecentes de Adriano. Hudson apreendeu o material e depois disso passou a ser ameaçado de morte pelos dois internos.
Relatos de testemunhas à Polícia Civil apontam que foi Rafael quem atirou no agente penitenciário. Adriano é suspeito de ser o mandante.
Conforme a DEH, testemunhas contaram ainda que Rafael e Adriano relataram que tinham atirado no agente e depois disso passou a ameaçá-las.