Carga e descarga de produtos piora tumulto nas ruas
Carga e descarga


Passar por ruas onde há ponto de carga e descarga em empresas se transformou em mais um transtorno do trânsito de Campo Grande e piora o tumulto que cresce à medida que a cidade ganha ainda mais carros nas ruas. A situação é mais grave perto de supermercados e concessionárias, onde caminhões parados atravancam o andamento das ruas.
“Atrapalha o trânsito sim”, fala o contador Justino Rodrigues, 40 anos, sobre a situação na rua Sergipe, entre a rua Antônio Maria Coelho e avenida Mato Grosso. Ele diz que não é trajeto dele vias onde há carga e descarga, passa apenas ocasionalmente e que não se incomoda.
O analista de tecnologia da informação, Carlos Roberto, 39 anos, também não costuma passar em vias onde caminhões manobram e estacionam para descarregar em mercados e concessionárias de veículos, mas, ao se ver diante da situação no mesmo ponto que Justino, declarou: “Atrapalha o trânsito”.
Para a dona de casa Camila Boer, 32 anos, “bom senso, todos precisam”, disse, referindo-se ao fato de que, apesar de deixar o trânsito lento por alguns minutos, os motoristas precisam entender que é para o abastecimento do mercado. Ela passa no local todos os dias, não se incomoda e afirma que há momentos em que o fluxo é “tranquilo”.
“Se eu tivesse atrasada para o serviço me atrapalharia”, fala a professora Elizangela Cristina, 30 anos, após esperar alguns segundos para seguir o trajeto por conta da manobra de um caminhão frigorífico. Para ela, “o trânsito precisa ser reorganizado”, em locais onde a cena que ela testemunhou é repetida diariamente.
Jucimar Coelho, 38 anos, é motorista de um dos caminhões que ‘parava’ o trânsito na rua Segipe quando a reportagem estava no local. “Acho errado ter que fazer isso, mas não tem outro jeito. Tinha que ter um lugar só para caminhão”, fala sobre a via mão dupla e onde os caminhões só estacionam de um lado e do outro estão veículos de moradores da região e funcionários do mercado.
Mão única- Na rua Antonio Bicudo, Vila Almeida Lima, o trânsito é tranquilo apesar de ser ponto de carga e descarga. A via é mão única, o fluxo não fica lento e não há reclamações. “Os caminhões ali não atrapalham o trânsito”, declara o funcionário público aposentado Luiz Roberto Rosafim, 60 anos.
Motorista de caminhão, Edvaldo Costa da Silva, 25 anos, fala que o local é tranquilo, mas, para ele, os comércios deveriam construir espaços específicos para estacionamento dos veículos que fazem carga e descarga.
Legislação – A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) alerta que há horários estabelecidos para o trabalho. De acordo com o chefe da Divisão de Fiscalização de Trânsito, Carlos Guarini, as regras para carga e descarga valem apenas para o perímetro que fica entre as avenidas Mato Grosso, Fernando Correa da Costa e Ernesto Geisel e rua José Antonio. Fora desta área, o que vale são as placas indicativas.
No perímetro citado a regra é de acordo com horário e peso da carga. Até uma tonelada o horário livre; a partir dessa quantidade até 5,1 toneladas é permitido a descarga das 20 horas às 10 horas e mais que 5,1 toneladas, entre 20 horas e 8 horas.
Quem for flagrado desobedecendo estas regras e as placas que indicam a proibição, é multado em R$ 85,12 e tem quatro pontos tirados da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A infração é considerada média.