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Capital

Condenação de Jamilzinho e capangas reflete “fartura” do processo, avalia MP

Juntos, Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo foram condenados a 68 anos de prisão

Jhefferson Gamarra, Anahi Zurutuza e Bruna Marques | 19/07/2023 23:52
Promotor de justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos durante sustentação no júri (Foto: Henrique Kawaminami)
Promotor de justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos durante sustentação no júri (Foto: Henrique Kawaminami)

Após três dias de julgamento do caso da execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, que resultou na condenação de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo a mais a 68 anos (somados), a promotoria de justiça que atuou na acusação dos réus avaliou como positiva a decisão dos jurados em prol de toda a sociedade.

Segundo o promotor de Justiça, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, a condenação do trio refletiu a fartura de provas constantes no processo que somou quase 15 mil páginas. “O julgamento refletiu no nosso entendimento sentido aquilo que o processo continha, era um processo com uma fartura imensa de provas, tanto do mando por parte do senhor Jamil Name Filho quanto a intermediação por parte dos demais acusados, houve a felicidade do conselho de sentença representando a sociedade compreender as provas e dar uma resposta adequada, justa e condizente com o futuro que esperamos dar a nossa sociedade”, frisou.

Ainda em seu entendimento, o representante do Ministério Público frisou que devido à complexidade do processo, o resultado obtido dá a “sensação de dever cumprido” para os promotores que participaram desde o início da acusação.

“Há uma sensação de dever cumprido e em certa medida de alívio por conta de todo o esforço empreendido pelo Ministério Público neste júri. Iniciamos com dois promotores e passamos para quatro no incremento da força-tarefa em um processo de 15 mil páginas e extremamente complexo que demandou uma divisão de trabalho bastante difícil. Esse resultado traz uma sensação de alívio muito grande”, pontuou Oldegardo.

Promotor Moisés Casarotto, membro do MP que participou da acusação (Foto: Henrique Kawaminami)
Promotor Moisés Casarotto, membro do MP que participou da acusação (Foto: Henrique Kawaminami)

Membro da força-tarefa montada pelo Ministério Público, o promotor Gerson Eduardo Araújo reforça que o trabalho realizado não deixou margens para a defesa dos réus tentarem uma nulidade do processo.

“É um processo volumoso de quase 15 mil páginas. Conseguimos demonstrar a culpabilidade dos acusados na morte de Matheus Coutinho e a justiça foi feita no dia de hoje. Eles vão tentar buscar nulidade, mas numa análise geral não há nenhuma nulidade no processo. Por isso, não prosperarão no Tribunal de Justiça”, opinou.

Sentença - Após cerca de 32 horas ouvindo depoimentos de nove testemunhas, assistindo a cenas perturbadoras e aos debates entre defesa e acusação, júri popular decidiu condenar Jamil Name Filho a 23 anos e 6 meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de emboscada e porte ilegal de arma. A sentença deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.

Os jurados também condenaram o ex-guarda municipal Marcelo Rios, 46, e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, 64, apontados como os organizadores da execução. No caso de Olmedo, a condenação também foi por homicídio qualificado, 18 anos, e porte ilegal de arma, 3 anos e 6 meses. A pena foi de 21 anos e 6 meses.

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