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Capital

Contradições marcam reconstituição de morte de mulheres degoladas; inquérito termina segunda

Aline Queiroz e Nadyenka Castro | 28/01/2011 11:29

Presos dão versões diferentes sobre assassinato de mulheres

Policiais voltaram esta manhã ao local do crime e reproduziram as cenas conforme versão dos presos. Foto: João Garrigó.
Policiais voltaram esta manhã ao local do crime e reproduziram as cenas conforme versão dos presos. Foto: João Garrigó.

Presos acusados de envolvimento no duplo homicídio das amigas Cláudia Araújo Mugnaine, 34 anos, e Regina Bueno França, 40 anos, apresentam versões diferentes acerca do crime, ocorrido no dia 1º de dezembro, na casa de Cláudia, localizada no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Eles fizeram esta manhã a reconstituição dos fatos, o último passo para a conclusão do inquérito.

De acordo com o delegado da 5ª DP (Delegacia de Polícia), responsável pelo caso, Daniel Rodrigues da Silva, a investigação será finalizada na segunda-feira. Na sequência, o procedimento segue para o poder judiciário.

Os quatro suspeitos do crime participaram da reconstituição feita esta manhã, na residência localizada na Rua Maurício de Nassau. Estão presos pelo duplo homicídio: Weber de Sousa Barreto, o “Ebinho”, 23 anos, Éder Rantagne Cassedo, o “Corumbá”, Lorraine Rory Silva, namorada de Éder, e Cristian Rantagne Cassedo.

As investigações apontam Éder como mandante do crime, juntamente com Lorraine, que atraiu Cláudia para a execução. Já os outros dois, Weber e Cristian foram os executores.

A principal contradição está na versão dos dois homens que surgiram na investigação como executores da ação. Cristian afirma que matou Regina e Weber assassinou Cláudia.

Já Weber, alega que foram as duas amigas foram mortas por Cristian, que é irmão de Éder.

Na época do crime, Éder estava preso. Ele teria planejado o crime com a namorada Lorrayne.

No entanto, ele nega participação no crime. Em entrevista feita esta manhã, Éder diz que talvez o irmão tenha decidido matar as duas por influência de outras pessoas.

Cristian Rantagne Cassedo chega ao local da reconstituição.
Cristian Rantagne Cassedo chega ao local da reconstituição.

As investigações apontaram que o crime foi motivado por vingança. Éder foi preso e suspeitou que Regina o tivesse delatado, já que havia fugido do regime semiaberto e foi capturado pela Polícia.

Depois da reconstituição feita hoje, a Perícia Técnica emitirá um laudo, que faz parte do inquérito. “Agora serão confrontadas informações do local do crime, depoimento e perícia de hoje. Aquela versão que mais se aproximar dos dados do local provavelmente vai ser o que de fato aconteceu”, explica o perito Domingos Sávio Ribas.

Outra informação contraditória refere-se à existência de duas armas levadas ao local do crime.

Na versão de Weber, Cristian levou além de uma faca um revólver à casa de Cláudia. Eles chegaram ao local no carro de Weber e com uma faca mandaram Cláudia abrir o portão, que ficou aberto no momento do assassinato.

Depois do crime eles fecharam o portão eletrônico de elevação e fugiram com o controle. Desta maneira, não havia sinais de arrombamento na casa.

As mulheres foram amarradas e degoladas. Os autores permaneceram dentro da casa no tempo máximo de 15 minutos.

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