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Capital

Demora de até 8h em posto de identificação gera reclamações

Viviane Oliveira | 20/01/2012 15:48

Com as férias, movimento está 40% maior e o número de senhas distribuídas é insuficiente

Usuários reclamam da demora no atendimento para emissão de documentos. (Foto: João Garrigó)
Usuários reclamam da demora no atendimento para emissão de documentos. (Foto: João Garrigó)

Em época de férias escolares, com procura 40% maior, a demora nos serviços do Posto de Identificação da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), na praça Aquidauana, está gerando reclamações. Quem vai ao local para emissão da carteira de identidade, atestado e certidão de antecedentes criminais está levando até 8 horas, um dia inteiro de expediente de trabalho, para conseguir o que precisa.

Pela quarta vez o tratorista Aguinaldo da Silva, 30 anos, vem para Campo Grande tentar emitir a 2ª via da carteira de identidade. Ele conta que trabalha em Rio Negro e há 15 dias está na cidade para fazer o documento.

“Finalmente hoje vou conseguir fazer a minha identidade. Ele conta que nas duas primeiras vezes que tentou a emissão do documento as senhas já tinham acabado. Na última segunda-feira conseguiu a senha, mas com o sistema fora do ar teve que voltar para a casa.

“Cheguei às 8h30 e a fila para a senha estava quase no meio do quarteirão para fora do local. Então resolvi voltar na quinta-feira e cheguei às 8 horas, quando a fila estava quase do mesmo comprimento”, testemunha uma funcionária pública de 32 anos, que preferiu não se identicar.

A servidora disse que pegou a senha de número 140 e ficou surpresa ao ser informada que seria atendida por volta das 14 horas. Segundo ela, foi embora por conta do horário de início do expediente, que começa ao meio-dia. “É falta de respeito uma pessoa ter que passar o dia inteiro em um órgão público para fazer um documento”, reclama.

A chefe do Centro de Identificação, a perita papiloscopista Valdeci Batista Santos, admite que no período de férias e matricula escolar a procura aumenta muito e, consequentemente, a demora também.

O posto funciona das 7h às 18 horas sem intervalo para o almoço. Segundo ela, estão sendo distribuídas 250 senhas e elas tem acabado logo. Sem o movimento maior das férias, são 180 senhas por dia, 40% a menos.

Depois de três tentativas, Aguinaldo finalmente vai conseguir fazer o documento. (João Garrigó)
Depois de três tentativas, Aguinaldo finalmente vai conseguir fazer o documento. (João Garrigó)

“Por causa da rapidez para entrega dos documentos, muitos vêm do interior do Estado para a Capital tirar a identidade. Por conta da demanda nesse período tem gente que chega 4h30 para conseguir uma senha”, afirma Valdeci.

No total, o órgão tem 30 funcionários. Mas no atendimento ao cliente trabalham 12 funcionários. Desses, dois estão de férias e dois de licença médica.

“Cheguei 6 horas da manhã e pelo ritmo do atendimento vou sair daqui lá para o meio-dia”, reclama o motorista Amadeu Rodrigues, 60 anos, que estava acompanhando a esposa, Marolina Lima da Silva, 47 anos, que foi tirar a 2º via da identidade.

Amadeu atribui o atendimento lento ao número insuficiente de funcionários. “É um absurdo pela falta de respeito com o cidadão. Não estamos aqui de graça tudo é pago”, afirma.

Outra opção para quem não quer ir até o posto central são os Práticos, localizados nos bairros. Nesses locais, porém, a carteira de identidade, responsável pela maior demanda, demora mais para ser entregue. Além disso, conforme pessoas que estavam no posto nesta sexta-feira, o número de senhas por dia é bem menor, apenas 20.

A Professora Ewalecy da Silva, 31 anos, bem que tentou ir a um Prático próximo de sua residência, mas não conseguiu atendimento. “Fui lá por várias vezes e o sistema estava fora do ar”, finaliza.

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