ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  08    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Depois de 12 anos, Conselho dos Direitos dos Povos Indígenas sai do papel

Lei foi assinada na tarde desta quarta-feira pelo prefeito Marquinhos Trad

Osvaldo Júnior e Anahi Gurgel | 27/09/2017 17:52
Depois de 12 anos, Conselho dos Direitos dos Povos Indígenas sai do papel
Prefeito Marquinhos Trad assina lei que cria Conselho (Foto: Marina Pacheco)

Depois de 12 anos de espera, o Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas de Campo Grande saiu do papel. Na tarde desta quarta-feira (27), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) sancionou projeto de lei, que cria o Conselho, cuja prioridade será a discussão de ações relativas à melhoria da habitação.

A Lei 8.655/2017, assinada hoje pelo prefeito, altera dispositivos da Lei 4.277/2005. A nova redação autorizou o município a criar o Conselho. Isso é fundamental para a implementação do Plano Municipal de Políticas Públicas para os Povos Indígenas. Esse documento definirá diretrizes, metas e ações para a melhoria da situação de vida dos indígenas da Capital, em vários aspectos, como moradia, saúde, educação e segurança pública.

Com a alteração da lei e decorrente criação do Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas, encerra-se espera de 12 anos. Desde a lei de 2005, era aguardada a regulamentação do Conselho.

“Representa o respeito pelos primeiros homens e mulheres que pisaram em solo brasileiro”, comentou o prefeito Marquinhos Trad, em referência aos povos indígenas. “Eles não têm apenas deveres, mas também direitos”, acrescentou.

O Conselho terá 21 membros, ainda a serem definidos. Eles serão empossados no dia 19 de outubro. 

Depois de 12 anos, Conselho dos Direitos dos Povos Indígenas sai do papel
Élcio considera a lei conquista, resultante de 12 anos de luta (Foto: Marina Pacheco)

Conquista – O terena Élcio da Silva Júnior, 47 anos, liderença indígena, que participou do evento, considerou a assinatura da lei conquista, resultante de luta de 12 anos. “O Conselho ficou esse tempo todo inativo”, notou.

Ainda conforme Élcio, a prioridade do Conselho deverá ser a melhoria da habitação. Ele contou que dos 12 mil indígenas que moram em Campo Grande, a metade vive em moradias precárias.

Quinta aldeia – Há, na Capital, quatro unidades regulares: as comunidades de Marçal de Souza, Darcy Ribeiro, Água Bonita e Tarsila do Amaral.
Com a criação do Conselho e implementação do Plano Municipal de Políticas Públicas para os Povos Indígenas, a construção da quinta comunidade urbana deverá ser acelerada. A proposta é de construir a nova aldeia no Indubrasil.

Censo – Está em andamento censo da população indígena de Campo Grande, de acordo com o subsecretário de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, Ademar Vieira Júnior.

“Esse censo é realizado desde junho e deve ser concluído ainda neste ano”, informou o subsecretário. Estão sendo verificadas, entre outros dados, situações referentes a mercado de trabalho, gênero, escolaridade e renda.

Nos siga no Google Notícias