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Capital

Familiares de adolescente morto por PM fazem caminhada por Justiça

Rafael Ribeiro | 17/06/2017 17:40
Família e amigos do jovem morto por policial militar se reúnem antes de iniciar protesto neste sábado (Fotos: Direto das Ruas)
Família e amigos do jovem morto por policial militar se reúnem antes de iniciar protesto neste sábado (Fotos: Direto das Ruas)

Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos de Luiz da Silva Souza, 17 anos, protestaram na tarde deste sábado (17) exigindo justiça pela morte do adolescente no último dia 10, quando ele foi morto por um policial militar, de 31, em uma casa noturna na região do Jardim Monte Alegre (zona sul de Campo Grande).

Na ocasião, Souza e pelo menos três amigos foram ao local, que fica na Rua da Divisão, e se envolveram em um tumulto. O policial alegou que o adolescente estava armado e por isso atirou. A família nega a versão.

Nesta tarde, o grupo se reuniu na casa onde Souza morava com a família e caminhou cerca de quatro quilômetros até o local do crime, carregando cartazes, faixas e camisetas com fotos do rapaz e mensagens cobrando apuração rigorosa dos fatos.


“A gente quer Justiça, quer que tudo seja detalhado, explicado. Meu irmão não estava armado e vamos às últimas conseqüências apurar essa história”, disse Yngrid Luiza Souza, 21, uma das irmãs de Souza.


A manifestação, pacífica, durou cerca de uma hora, das 15h30 às 16h30, e contou com amplo aparato policia. Segundo Yngrid, a presença policial foi bem vinda. “Eles estão ajudando a gente no quesito de trânsito. É um protesto pacífico que nem envolve eles, que estão trabalhando, mas nossos direitos”, completou.

Camisetas distribuídas pelos familiares ao presentes levou a foto do jovem e a lembrança de sua morte
Camisetas distribuídas pelos familiares ao presentes levou a foto do jovem e a lembrança de sua morte

O trânsito na região, como era de se esperar, ficou complicado. Algumas das principais vias, como a Rua da Divisão, ficaram parcialmente interditadas com o fluxo das pessoas e também motoqueiros que acompanharam a manifestação.

O caso – Além da passeata, os familiares deverão iniciar uma série de cobranças nas delegacias de Campo Grande, para cobrar providências. O caso é investigado pelo 5º DP (Piratininga) e, por enquanto, o policial, que não teve o nome revelado, não foi preso.

A defesa do policial nega a versão cogitada pela família da vítima. “A família nem sequer sabia onde estava este garoto no momento do crime. Então como eles podem alegar que ele não estava armado?”, questiona o advogado Amilton Ferreira, que defende o PM.

O advogado ainda ressalta sobre a versão dada pelo cliente. “Ele ouviu um disparo no momento em que estava no espaço e foi checar o que estava acontecendo quando encontrou dois rapazes armados, se identificou e pediu para eles soltarem as armas. Luiz atirou duas vezes e ele revidou co um tiro”, conclui.

O policial confessou o crime na última segunda-feira (12), dois dias após o crime, na delegacia de Polícia Civil onde o caso é investigado.

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