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Capital

Mapeamento aéreo vai permitir fiscalizar, conhecer e planejar melhor a Capital

Serviço de fotografia aérea que a Capital pretende contratar vai criar um banco de dados de imagens gigantesco

Lucia Morel | 20/12/2021 17:27
Campo Grande de cima, com imagens de aerofotogrametria. (Foto: Simgeo)
Campo Grande de cima, com imagens de aerofotogrametria. (Foto: Simgeo)

Mais que fiscalização imobiliária. Descobrir gargalos de mobilidade urbana ou mesmo identificar os vazios que precisam ser preenchidos e até saber quais áreas verdes estão sofrendo mais com a poluição. O serviço de fotografia aérea que Campo Grande pretende contratar em 2022 vai criar um banco de dados gigantesco e que poderá ser usado para diversas finalidades.

Em entrevista ao Campo Grande News, o secretário de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa, destaca que as funcionalidades da licitação não param na identificação de construções sem alvará, mas avançam para uma identificação completa da cidade, que poderá ser utilizada para planejamento, gestão e políticas públicas para inúmeros setores.

A futura contratação, segundo ele, é o pontapé para a confecção do CTM (Cadastro Territorial Multifinalitário), que permitirá conhecer a cidade por inteira. “Vai permitir planejar a cidade na infraestrutura, na mobilidade urbana, no meio ambiente”, cita o secretário, dando exemplo de que até para identificar onde há falta de creches ou postos de saúde, o banco de dados de fotos aéreas será útil.

Um Cadastro Territorial Multifinalitário serve como um inventário territorial oficial e sistemático de um município e nos permite conhecer o espaço geográfico da cidade, o que é fundamental para seu desenvolvimento. O titular da pasta de meio ambiente comentou ainda que também será possível conhecer a cobertura arbórea da cidade, por exemplo.

Funcionalidades - Atuações junto às universidades e pesquisas específicas também serão possíveis, como identificação de populações vulneráveis. Com o mapeamento, o sistema poderá ser interligado à saúde, que acompanha diversos cidadãos e assim, essas informações também estarão no mapa.

ObservaPOA, que entre as funcionalidades, mostra a incidência de HIV em cada região da cidade. (Foto: Reprodução ObservaPOA)
ObservaPOA, que entre as funcionalidades, mostra a incidência de HIV em cada região da cidade. (Foto: Reprodução ObservaPOA)

“Fazendo o recorte, podemos identificar, por exemplo, as gestantes adolescentes e essa informação “pintar” mais um lado da cidade. Assim, vai ser possível implementar programas específicos por área”, comentou, citando o serviço baseado no mesmo sistema em Porto Alegre (RS), o ObservaPOA.

Segundo Costa, as possibilidades são inúmeras, podendo verificar até mesmo a escala de qualidade de vida do município e criar índices. “Por mim, a atualização desse sistema seria anual, porque a cidade é dinâmica”, sustentou, finalizando que a manutenção desse serviço dependerá das próximas gestões municipais.

O banco de imagens faz parte do Simgeo (Sistema Municipal de Geoprocessamento) e além de fiscalização e cadastramento imobiliário, elas vão ajudar na identificação de construções, pontes, planejamento de rodovias e represas e ainda, na elaboração de estudos de impactos de poluição e mapeamento de dutos de combustíveis.

O valor global previsto para o futuro contrato - que é para contratação de empresa especializada em aerofotogrametria, para produção de ortofotos restituídas no município de Campo Grande (MS), utilizando cobertura aerofotogramétrica digital - é de R$ 6,3 milhões, sendo R$ 4,1 milhões para os serviços de aerofotogrametria e R$ 2,1 milhão para imagens aéreas oblíquas em 3D.

Maior parte dos recursos são do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento), outra de recursos próprios e fazem parte do PNAFM (Programa Nacional de Apoio à Modernização Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros).

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