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Capital

Mesmo após pai aparecer, corpo de Jheniffer permanece no Imol

Pai adotivo assinou liberação do corpo na semana passada, mas há exame pendente que ainda deve ser feito neste sábado

Liniker Ribeiro | 06/04/2019 16:13
Vítima e suspeito posam para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)
Vítima e suspeito posam para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)

Cinco dias após ser encontrado, o corpo de Jheniffer Cáceres de Oliveira, de 17 anos, segue no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande. A adolescente foi asfixiada até a morte pelo namorado, Paulo Eduardo dos Santos, de 18 anos, na madrugada do último sábado (30) e o corpo encontrado dois dias depois, na segunda-feira (1º).

Médicos legistas aguardavam um familiar para autorizar a liberação, porém, depois que o pai adotivo foi localizado, o motivo da demora agora é a falta de um exame necroscópico. Segundo apurado pela reportagem, o procedimento deve ser realizado ainda neste sábado (6), mas não há previsão para liberação, até o momento.

Morador de Dois Irmãos do Buriti – município distante 83 quilômetros da Capital – Rosalino de Oliveira Ramos, de 39 anos, disse estar no aguardo da liberação desde o dia em que o corpo foi encontrado. “Fui para Campo Grande, assinei os papeis, mas pediram para aguardar a realização de exames. Hoje eles disseram que ainda falta um”.

Rosalino afirmou ainda que criou Jheniffer após se separar da mãe biológica da adolescente que, segundo ele, seria usuária de drogas e nunca mais foi encontrada. A informação repassada anteriormente pela Polícia Civil de Sidrolândia é que Jheniffer foi criada por mãe adotiva que morreu há algum tempo. Paulo Roberto morava com a jovem há um ano e quatro meses e, em depoimento, disse que não havia conhecido nenhum parente da garota.

Após liberação, o corpo será levado para ser sepultado em Dois Irmãos do Buriti.

Caso - O crime aconteceu na quitinete onde o casal vivia em Sidrolândia - distante 71 quilômetros de Campo Grande. Paulo foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado por feminicídio e ocultação de cadáver. O rapaz passou por audiência de custódia na terça-feira (2) e teve a prisão convertida em preventiva pelo juiz.

Na delegacia, o rapaz contou que matou a namorada por legitima defesa. A versão não convenceu a polícia, segundo a delegada-adjunta Thaís Duarte Miranda. Paulo relatou em depoimento que, na noite de sexta-feira (29), os dois foram para um bar. Lá, discutiram e Jheniffer decidiu ir para outro estabelecimento. Paulo foi atrás e quando chegou a encontrou conversando com outro homem. Os dois discutiram novamente e foram embora. A briga continuou na quitinete onde o casal vivia.

Ele contou à polícia que a vítima o agrediu com um cabo de vassoura e depois com uma faca. Paulo, então, a dominou e a tentou estrangular com as mãos e na sequência usou um carregador de celular para esganá-la. Como o fio arrebentou, o rapaz pegou uma coleira de cachorro que estava no chão e apertou o pescoço da adolescente até a morte.

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