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Mutirão quebra até laje de imóvel para eliminar Aedes em obras inacabadas

Ação em obras inacabadas começou na Vila Eliane, na região do Jardim Aeroporto e deve vistoriar 400 imóveis até o fim do ano

Viviane Oliveira e Danielle Errobidarte | 09/01/2020 11:40
Mutirão quebra até laje de imóvel para eliminar Aedes em obras inacabadas
Agente abre buraco em laje para escoar água parada - criadouro do mosquito Aedes aegypti (Foto: Marcos Maluf)

A força-tarefa criada pela Prefeitura de Campo Grande para vistoriar construções inacabadas teve que quebrar até laje de empresa abandonada há 10 anos para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação começou nesta quinta-feira (9) na Vila Eliane, na região do Jardim Aeroporto, e deve vistoriar 400 imóveis no decorrer do ano.  

O mutirão realizado por cinco agentes de Combate a Endemias Vetoriais, da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) começou os trabalhos numa obra de empresa falida abandonada, na Rua Lido, na região do Imburussu. No local, foram encontrados água parada, entulho de material de construção e até lixo orgânico. Os agentes tiveram que abrir buracos na laje para escoar a água acumulada. A chefe da equipe, Rosana Mercado, explicou que a situação na região é complicada e somente na quadra onde fica a obra há mais 8 imóveis na mesma situação. 

"Alguns locais são mais complicados, como esta empresa falida em situação judicial", explicou. Segundo Rosana, quando o imóvel está fechado (para aluguel ou venda) fica mais fácil, porque a equipe vai até a imobiliária, pede a chave e faz a vistoria. Ela explicou ainda que o mutirão não faz a limpeza do imóvel, apenas elimina os focos do mosquito. "A gente faz a vistoria e aciona a prefeitura para fazer a limpeza". Caso o imóvel tenha proprietário, o dono é notificado. 

Mutirão quebra até laje de imóvel para eliminar Aedes em obras inacabadas
Restos de frutas, materiais de construção e muito lixo foram encontrados no terreno da empresa abandonada há 10 anos (Foto: Marcos Maluf)

A multa para quem deixar terrenos e imóveis sujos pode chegar a R$ 8.972. Após a autuação, o proprietário tem o prazo de 15 dias úteis para cumprir. A fiscalização da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) retorna ao local e, caso não tenha cumprido a notificação, o dono é multado de valores que vão entre R$ 2.243 a R$ 8.972.

Uma reunião está marcada para amanhã entre secretarias e PGM (Procuradoria Geral do Município) para discutir aspectos legais para que o município possa aplicar sanções aos proprietários destes imóveis.

Em 2019, a equipe de Imóveis Especiais da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) foi responsável por atender 1.513 denúncias entre abril e dezembro, sendo eliminado 974 focos. Durante todo o ano, a Capital registrou 39.417 notificações da doença, sendo 19.647 casos confirmados e oito óbitos.

Quem identificar um terreno baldio sujo pode fazer a denúncia pelo número 156. Já quem flagrar alguém descartando resíduo de forma irregular pode entrar em contato com a Guarda Civil Metropolitana pelo número 153. (Veja, abaixo, a galeria de fotos do imóvel abanado vistoriado nesta manhã)

Confira a galeria de imagens:

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