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Capital

Na Capital, 1,2 mil serão ‘cobaias’ em teste de vacina contra a dengue

Última fase para a aprovação das doses produzidas pelo Instituto Butantan será lançada em Campo Grande amanhã

Anahi Zurutuza | 31/08/2016 18:25
Vacina será aplicada em pessoas que têm entre 18 e 59 anos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Vacina será aplicada em pessoas que têm entre 18 e 59 anos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Em Campo Grande, 1,2 mil voluntários serão “cobaias” no teste da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Nesta quinta-feira (1º), às 10h30, na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Coophavila 2, será dada a largada na Capital à terceira e última etapa para a aprovação da produção em larga escala das doses que previnem a doença.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, e o secretário de Estado de Saúde de São Paulo, o infectologista David Uip, estarão em Campo Grande para o início dos testes. Também participam do lançamento desta fase da pesquisa o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares.

Os voluntários têm entre 18 e 59 anos e são pessoas que já contraíram a doença ou não, mas o Instituto Butantan não divulgou mais detalhes, sobre como foi feita a seleção, por exemplo.

De acordo com a assessoria de imprensa do governo do Estado, os pacientes serão supervisionados durante cinco anos e o monitoramento acontecerá de diversas formas, como contatos por telefone ou com agendamento de visitas.

A dengue já matou 17 pessoas em Mato Grosso do Sul, só neste ano, conforme dados do último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta quarta-feira (31). Já foram notificados, também em 2016, 58.136 casos da doença no Estado, número que superou os dois anos anteriores.

Mosquito Aedes aegypti, que transmitiu a doença para 58 mil em Mato Grosso do Sul (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
Mosquito Aedes aegypti, que transmitiu a doença para 58 mil em Mato Grosso do Sul (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
Doses fabricadas por laboratório francês começaram a ser vendidas no início do mês (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
Doses fabricadas por laboratório francês começaram a ser vendidas no início do mês (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)

No país – Mais de 17 mil voluntários no país serão testados. Do total, um terço recebe um placebo, que é uma espécie de “sósia” do remédio de verdade, mas sem efeito nenhum, e dois terços recebem a vacina propriamente dita. Para garantir a eficácia, nenhum dos grupos sabe qual das duas versões está tomando.

A vacina, produzida com vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos, foi desenvolvida pelo Butantan em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, em inglês). Essa parceria foi firmada em 2008 e a primeira fase dos testes aconteceu fora do Brasil.

São Paulo foi a primeira cidade a receber os testes no país, que também já estão sendo ou serão realizados em outras 11 cidades.

Importada – No início do mês, a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur começou a ser vendida na Capital. As doses custam de R$ 308 a R$ 350 e o tratamento completo cerca de R$ 1 mil.

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