Paralisação trava rodoviária de Campo Grande e deixa passageiros sem embarque
A medida foi motivada pela falta de segurança no local
RESUMO
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Paralisação na Rodoviária de Campo Grande afeta passageiros. Fechamento total do terminal ocorreu na manhã desta quinta-feira (14) devido à falta de segurança. Sindicatos bloquearam a entrada de ônibus, causando transtornos para quem tinha viagens programadas. Passageiros relatam surpresa e falta de informação prévia sobre a paralisação. Trabalhadores reivindicam mais segurança e fiscalização no local. Presidente do sindicato afirma que funcionários estão sendo demitidos devido ao transporte clandestino dentro da rodoviária. A paralisação seguirá até que autoridades competentes negociem soluções com os representantes sindicais. Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e fiscais da Agereg e Agems acompanham o movimento.
Passageiros foram pegos de surpresa na manhã desta quinta-feira (14) com a paralisação total da Rodoviária de Campo Grande. A medida foi motivada pela falta de segurança no local.
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Desde as 8h, todos os guichês foram fechados e os representantes dos sindicatos bloquearam a entrada dos ônibus, impedindo a chegada dos veículos. Pelo menos cinco veículos estão parados, alguns com passageiros dentro.
Entre os passageiros afetados está Conceição de Oliveira, de 62 anos, que chegou ao terminal às 7h50, minutos antes do fechamento dos guichês. Ela conseguiu comprar passagem para Dourados, mas não foi informada sobre a paralisação.

“Não fazia ideia. Acho que eles não podem, porque a população é muito grande. A população nem está sabendo o que está acontecendo. Tem que ter autoridade para resolver isso aqui e não prejudicar o povo”, lamentou. Ainda de acordo com ela, é preciso ter mais segurança.
Maria Rodrigues, de 71 anos, está com a viagem marcada às 9h para Bataguassu. “Fui pega de surpresa. Comprei a passagem pela internet e vim para imprimir, quando cheguei estava tudo fechado. Eu não estava sabendo que teria isso, senão eu nem teria vindo”, disse.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário da Capital, Wilian da Silva, informou ao Campo Grande News, no dia 12 de agosto, sobre a paralisação. O alerta ocorreu um dia após um passageiro quebrar o vidro de um guichê no terminal ao exigir o reembolso de uma passagem
“Nós só estamos reivindicando segurança para os trabalhadores aqui da rodoviária, e estamos pedindo também fiscalização. Não tem hora para acabar, só estou aguardando o posicionamento deles. Vamos liberar a saída, mas a entrada não vai entrar ônibus, não vai embarcar ninguém”, explicou.
Wilian também ressaltou que funcionários estão sendo demitidos devido ao transporte clandestino dentro da rodoviária. “As empresas estão demitindo funcionários, eles estão perdendo passageiros, está tendo lotação dentro da rodoviária, transporte clandestino e os trabalhadores perdendo o serviço”, completou.

O presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul), Vilson Gimenes Gregório, pontuou a importância do movimento.
“A grande dificuldade que o sindicato passou para a CUT é a falta de segurança que está tendo na rodoviária, que os trabalhadores estão com medo de vir trabalhar, porque não tem segurança, não tem nada. O trabalhador, além de vir trabalhar, ganhar o seu dinheiro, tem que ter segurança no local de trabalho, isso não está tendo.”
Também participam do movimento a Federação dos Transportes Rodoviários, o Sindicato dos Transportes Urbanos e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas.
Os representantes sindicais afirmam que a liberação só ocorrerá após a presença de autoridades competentes para negociar soluções. Enquanto isso, passageiros que tinham embarque marcado esperam no saguão e nas plataformas.
O movimento conta com reforço no policiamento, incluindo equipes da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, fiscais da Agereg (Agência Municipal de Regulação) e da Agems (Agência Estadual de Regulação).
Ao Campo Grande News, a Socicam, concessionária responsável pela rodoviária, já havia informado que há um posto da Guarda Civil Metropolitana junto aos guichês e que o local é incluído como ponto estratégico para rondas.
A empresa afirma também manter um Centro de Controle Operacional com câmeras monitoradas e diálogo constante com órgãos do município para reforçar a segurança e o conforto dos usuários.

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