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Capital

Presidente de partido diz que operação contra candidata é "preconceito"

Segundo ele, há dificuldades em conseguir mulheres para disputar a eleição e as investigações miram as candidaturas femininas

Fernanda Palheta | 23/05/2019 18:21
Presidente regional do Republicanos, Wilton Acosta, defende a candidatura de Gilsienny (Foto: Arquivo)
Presidente regional do Republicanos, Wilton Acosta, defende a candidatura de Gilsienny (Foto: Arquivo)

Para o presidente regional do Partido Republicanos – antigo PRB -, Wilton Acosta, a investigação sobre a fraude nas prestações de contas da candidata a deputada estadual pela legenda, Gilsienny Arce Munhoz, é um preconceito contra as mulheres. O republicano justifica que as investigações desse gênero feitas no país miram principalmente as candidaturas femininas.

“Acho que é um preconceito contra as mulheres”. Acosta destaca a dificuldade em completar a cota mínima de 30% de mulheres nas chapas. “Não é tão simples encontrar mulher para ser candidata, é uma dificuldade notória. Nós trabalhamos com todas as nossas candidatas, ela é uma das pessoas”, explica.

Segundo ele, na eleição de 2018, para disputar uma vaga na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) a legenda contou com cinco candidatas. Já na disputa para a Câmara Federal, o antigo PRB contou com uma mulher como candidata.

Acosta ainda defende a candidatura de Gilsienny. “O que eu posso dizer é que ela foi candidata, fez campanha nas redes sociais, nas ruas, eu mesmo a vi em eventos eleitorais. Não tivemos problema na candidatura dela”, relembra. O presidente regional do Republicanos afirma que a candidata demonstrou interesse na disputa, passou por todos os tramites como qualquer outro candidato.

A candidata a deputada estadual pelo PRB que recebeu R$ 761.589,50 para a campanha do ano passado e teve 491 votos, o que significa 0,04% dos válidos.

Investigação

Questionado sobre qual o posicionamento do partido sobre a investigação, Acosta destaca que a legenda vai aguardar. “Vamos aguardar o desenrolar da apuração que o Ministério Público abriu. Ainda não existe nem denúncia, tudo está em fase de investigação, ainda estão levantando dados. O que está se questionando é porque ela recebeu um valor X e recebeu Y votos”, diz.

O presidente regional do Republicanos ainda relata que a candidata já prestou contas do recurso que recebeu do diretório nacional referente a cota de mulheres para a campanha eleitoral. “Quem tem que fazer a investigação das contas é a Justiça Eleitoral e não o partido. E nós não vamos crucificar ninguém antes do tempo”, completa.

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