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Capital

Primo de Jarvis Pavão, "Cabeza" é preso em operação contra jogo do bicho

Jhonatan é apontado pelas forças de segurança como peça relevante no crime fronteiriço

Por Clara Farias e Gabi Cenciarelli | 25/11/2025 12:57
Primo de Jarvis Pavão, "Cabeza" é preso em operação contra jogo do bicho
Jonathan Gimenez Grance, o “Cabeza”, foi preso nesta terça-feira (25). (Foto: Arquivo)

Um dos alvos da 4ª fase da Operação Successione, deflagrada nesta terça-feira (25) para investigar a expansão do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul, é Jhonatan Giménez Grance, o “Cabeza”, primo do narcotraficante Jarvis Pavão.

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A Operação Successione, em sua quarta fase, resultou na prisão de Jhonatan Giménez Grance, conhecido como "Cabeza", primo do narcotraficante Jarvis Pavão. A ação, deflagrada nesta terça-feira, investiga a expansão do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. Entre os detidos estão Marcelo Tadeu Cabral, Samuel Ozório Júnior e Marcos Aurélio Horta, chefe de gabinete do deputado Neno Razuk. A operação cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo o ex-deputado Roberto Razuk e seus filhos Jorge e Rafael.

Jhonatan é considerado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) um “célebre criminoso” ligado ao clã Pavão e ao deputado Neno Razuk, que desta vez não é alvo da operação.

Na época, a denúncia descreveu que, mesmo exercendo mandato como deputado estadual, Neno se relacionava com integrantes de alto escalão do crime organizado, incluindo o primo do megatraficante Jarvis Pavão, responsável por chefiar uma das redes mais influentes do tráfico na fronteira.

A proximidade entre os dois foi registrada em documentos da Operação Successione e reforçada por visitas de Jhonatan ao condomínio de luxo onde o parlamentar mora, em Campo Grande,  justamente em dias marcados por roubos forjados ligados ao esquema do jogo do bicho.

Jhonatan é apontado pelas forças de segurança como peça relevante no crime fronteiriço ligado a Jarvis, o “Barão da Droga”, que cumpre pena que ultrapassa 70 anos na penitenciária federal de Brasília.

Em 2018, Jhonatan foi preso com um arsenal em Ponta Porã. Na época, o grupo do qual fazia parte planejava um ataque contra o então chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira, Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”. O advogado de Jhonatan, Guilherme Monteiro, apenas informou à reportagem que não teve acesso aos autos.

Além de Jhonatan, a operação prendeu o patriarca da família Razuk, Roberto Razuk, em Dourados e, aqui na Capital: Marcelo Tadeu Cabral, empresário já citado em fases anteriores da investigação; Samuel Ozório Júnior, que, segundo o Gaeco, tem vínculos com pessoas ligadas ao grupo comandado pelos Razuk; e Marcos Aurélio Horta, chefe de gabinete de Neno Razuk e que estava de licença médica no momento da ação. Ele foi conduzido para a Cepol (Centro Especializado de Polícia da Capital) nesta manhã.

Primo de Jarvis Pavão, "Cabeza" é preso em operação contra jogo do bicho
Jarvis Pavão, o “Barão da Droga”, quando foi preso no Paraguai. (Foto: Arquivo Capitan Bado)
Primo de Jarvis Pavão, "Cabeza" é preso em operação contra jogo do bicho
Guilherme, advogado do Jhonatan Gimenez Grance (Paulo Francis)

A defesa de Marcos Aurélio Horta, representada pelo advogado Alípio Oliveira, confirmou à reportagem que o chefe de gabinete está preso, mas ainda não teve acesso ao processo. Segundo Alípio, ele apenas acompanhou o procedimento e não será o responsável pela defesa de Horta na Operação Successione.

Mais cedo, o Campo Grande News havia confirmado que Horta é alvo da operação e que o gabinete do deputado funciona normalmente nesta terça-feira, apesar da ausência dele na Assembleia.

Já Samuel Ozório Júnior é representado pela advogada Fabrícia Loubet. Ela informou que também não teve acesso aos autos, até o momento, e que aguarda autorização judicial para consultar o conteúdo da investigação.

As equipes ainda cumpriram ordens em uma empresa de tecnologia em Dourados, ligada ao empresário Sérgio Donizete Balthazar, envolvido em disputa judicial com o Governo do Estado sobre a licitação da Lotesul.

O Ministério Público afirma que esta etapa da investigação identificou mais 20 pessoas conectadas à expansão do jogo do bicho após o vácuo deixado pela Operação Omertà, há cinco anos.

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