ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Réu por assassinar artista plástica pega 12 anos de prisão por tráfico de drogas

Thalis Guinter foi flagrado com maconha e cocaína quando foi preso pela morte de Catarina Marques, em 2021

Silvia Frias | 11/04/2022 09:13
Thalis Guinter Ambrósio está preso desde maio de 2021. (Foto: Reprodução)
Thalis Guinter Ambrósio está preso desde maio de 2021. (Foto: Reprodução)

O funileiro Thalis Guinter Ambrósio Pereira, 31 anos, foi condenado a 12 anos, 5 meses e 26 dias de prisão, em regime fechado, pelo crime de tráfico de drogas. Pereira está preso desde o dia 13 de maio de 2021, pelo latrocínio contra a artista Catarina Maria Marquesi Moreira.

Catarina foi morta aos 72 anos, no dia 4 de maio daquele ano. Thalis e o comparsa, Cezar Antunes de Lima, invadiram a casa da artista plástica, em busca de cofre que teria R$ 500 mil. Foram flagrados pela mulher, que morreu por asfixia mecânica por sufocação direta, depois de ser agredida, amarrada e amordaçada pelos ladrões.

Na denúncia por tráfico de drogas, consta que Thalis Guinter estava sendo monitorado pela polícia por suspeita de participar do latrocínio. A abordagem aconteceu no dia 13 de maio, por volta das 18h, na Rua Celina Baís Martins, no Bairro Nova Lima.

Catarina Marques (em pé) foi assassinada ao surpreender ladrões. (Foto: Arquivo familiar)
Catarina Marques (em pé) foi assassinada ao surpreender ladrões. (Foto: Arquivo familiar)

No carro em que ele foi flagrado, os policiais encontraram saco no banco de trás contendo quatro porções de maconha, totalizando 14,2 gramas e 45 porções de cocaína, pesando 19,1 gramas da droga.

Em maio, ele foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo tráfico de drogas e pelo latrocínio.

Na defesa feita pela Defensoria Pública, Thalis diz que havia emprestado o carro para uns amigos havia uma semana e não sabia de quem era a droga, negando, também, o tráfico.

A sentença condenatória data de 14 de dezembro, dada pelo juiz da 6ª Vara Criminal, Márcio Alexandre Wust.

O juiz considerou os maus antecedentes de quando era menor de idade para subsidiar a condenação, assim como outras infrações praticadas por Thalis.

“Essas duas circunstâncias – infrações penais praticadas durante a menoridade ou depois do crime objeto do cálculo da pena – constituem elementos concretos reveladores da personalidade identificada com o crime, que não podem ser ignorados, embora não sejam fundamentais nessa valoração.”

Segundo o magistrado, Thalis tem “péssimos antecedentes”, considerando oito condenações criminais e execuções penais e “conduta social das mais reprováveis”.

A pena base foi de 9 anos, 11 meses e 27 dias de prisão, sendo ampliada por conta da reincidência, ficando em 12 anos, 5 meses e 26 dias de prisão, além de 1.242 dias/multa.

Em janeiro deste ano, a Defensoria Pública recorreu, alegando que não há indícios do tráfico de drogas. No inquérito, segundo a defesa, consta que os policiais, durante o período de observação do suspeito, não relataram em momento algum que viram o réu entregando droga. Também há indícios da versão de que o carro estava emprestado a amigos no Jardim Noroeste.

A defesa pede absolvição ou, alternativamente, a redução da pena, majorada indevidamente por conta da vida pregressa do réu. O recurso ainda não foi avaliado.

Latrocínio - O crime aconteceu na manhã do dia 4 de maio de 2021, no Bairro Monte Castelo. Cezar Antunes de Lima, 36 anos, o “Tucano”, morreu em confronto com a polícia, no dia 14 de maio, depois de ser monitorado pela polícia.

Neste processo, Thalis Guinter foi denunciado por latrocínio. Despacho de 21 de outubro agendou para dia 23 de fevereiro de 2023, a primeira audiência de instrução e julgamento, fase em que são ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. O processo tramita em segredo de Justiça.

Nos siga no Google Notícias