ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Shopping Campo Grande tenta na Justiça se livrar de imposto milionário

ITBI é tributo cobrado de transações imobiliárias; se perder ação, BR Malls terá de pagar ao menos R$ 2,2 milhões à prefeitura

Anahi Zurutuza | 07/05/2019 10:24
Entrada do Shopping Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Entrada do Shopping Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A BR Malls, que comprou e administra o Shopping Campo Grande desde 2016, tenta na Justiça se livrar do pagamento de ao menos R$ 2,2 milhões em ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), cobrado pela Prefeitura de Campo Grande pela aquisição.

A empresa alega ter se tornado dona do centro comercial pela incorporação da Encisa Engenharia, antiga proprietária, e que tal transação é isenta do tributo.

Já a administração municipal argumenta que a legislação não aplica o benefício fiscal caso a empresa que comprou o prédio tenha como principal atividade a compra e venda, locação e arrendamento de imóveis, o caso da BR Malls.

A administração do shopping tentou em 2016 conseguir a certidão de não incidência do imposto para registrar a transferência da propriedade da Encisa para a BR Malls. O pedido foi negado pela prefeitura e a dona do centro comercial recorreu da decisão.

Sem resposta do Executivo municipal, em novembro de 2017, a BR Malls foi à Justiça e dias depois conseguiu liminar autorizando que possível valor cobrado de ITBI ficasse resguardado por meio de um seguro no valor de R$ 3.346.077,98.

Conforme cálculo feito pela própria empresa com base no valor que o prédio do centro comercial é avaliado pelo IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) - R$ 111.535.932,71 -, o ITBI custaria R$ 2.230.718,65 caso fosse cobrado. Para conseguir a documentação necessária para concluir a transação de 2016, a BR Malls reservou então o que deveria de imposto mais a metade.

Desde julho do ano passado, a ação na mesa do juiz Ricardo Galbiati, da 2ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Campo Grande, que espera a dona do shopping e prefeitura dizerem se querem incluir mais informações e pedidos no processo para tomar uma decisão definitiva.

Nos siga no Google Notícias