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Capital

Sindicato cobra reforço na segurança após ataque no Parque dos Poderes

Presença constante de agentes patrimoniais é vista como medida essencial para proteger quem usa o local

Por Ângela Kempfer e Ketlen Gomes | 28/11/2025 13:26
Sindicato cobra reforço na segurança após ataque no Parque dos Poderes
Mulheres durante corrida pela manhã no Parque dos Poderes (Foto: Marcos Maluf)

O Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Estadual critica a falta de segurança nas secretarias do Parque dos Poderes, em Campo Grande, após o ataque a uma corredora de 33 anos, que foi vítima de uma tentativa de estupro enquanto realizava exercícios no local. Segundo a entidade, existe um déficit de profissionais na região e, por isso, pede a ampliação do número de agentes para reforçar ações preventivas.

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O Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Estadual reivindica reforço na segurança do Parque dos Poderes, em Campo Grande, após uma tentativa de estupro contra uma corredora de 33 anos. A entidade aponta déficit de mais de 250 agentes no estado, com apenas 730 profissionais ativos para 995 cargos previstos em lei.A manifestação ocorre após dois incidentes no local: uma tentativa de estupro, onde o agressor foi detido, e um assalto a um corredor que teve pertences roubados. O sindicato defende maior presença de agentes, valorização da categoria e investimentos em capacitação para garantir a segurança dos frequentadores do parque.

“Este caso é um alerta claro para a necessidade de mais agentes patrimoniais no local. A presença desses profissionais vai além da proteção do patrimônio público: ela é crucial para a segurança das pessoas que frequentam o parque e para a sensação de segurança de todos que ali transitam, seja para a prática de atividades físicas ou para o trabalho nas secretarias da região”, afirmou o presidente do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Estadual), Orivaldo Duarte Florenciano.

O sindicato informa que, de acordo com a Lei 3093/2005, são previstos 995 cargos de agente de segurança patrimonial; no entanto, atualmente há aproximadamente 730 servidores ativos, atendendo os órgãos públicos estaduais em 55 municípios de MS. Orivaldo destaca ainda que a defasagem é de mais de 250 agentes no Estado e que, em Campo Grande, cerca de 380 profissionais atendem os diversos órgãos públicos.

A categoria defende não só a presença constante de agentes patrimoniais no parque, mas também a valorização da categoria, com investimentos em efetivo, capacitação contínua e infraestrutura. Segundo o presidente da entidade, a ampliação da segurança nas dependências do Parque dos Poderes é essencial para prevenir situações como a que gerou pânico entre os frequentadores do local.

“O nosso trabalho é essencial para evitar que situações como essa aconteçam. O reforço no efetivo e a valorização dos profissionais de segurança são medidas indispensáveis para garantir a proteção da população e a integridade do patrimônio público", completou Duarte.

O presidente do Sindasp alegou ainda que a região do Parque dos Poderes, com atendimento no período noturno, conta com um agente por turno em cada secretaria; porém, devido à complexidade e à vulnerabilidade de cada secretaria, Orivaldo afirma que esse número deveria ser maior para melhorar a efetividade no serviço.

A manifestação ocorre em resposta ao caso registrado na manhã desta quarta-feira (28), quando a vítima foi abordada por Gleindon Barbosa da Silva, 33, que tentou arrastá-la para uma mata, simulando estar armado e agredindo-a fisicamente. A mulher conseguiu reagir, gritar por socorro e ser socorrida por outros frequentadores do parque, que iniciaram uma perseguição ao agressor. Ele foi contido por um agente patrimonial após se ferir em uma janela da Secretaria de Estado de Saúde e foi preso pela Polícia Militar.

No mesmo dia, um jovem de 29 anos foi assaltado, às 7h44, enquanto começava uma corrida na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, no Parque dos Poderes. A vítima relatou que foi abordada por um ladrão armado com uma faca, que levou a chave do carro, celular, relógio e óculos. Depois, percebeu que fizeram um Pix de R$ 300 usando o aparelho celular.

Os casos expõem a vulnerabilidade de quem utiliza o parque para atividades físicas e geraram pedidos de melhoria nas condições de segurança da área.

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