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Cidades

Ibama multa 5 madeireiras da Capital em quase 2 milhões

Redação | 21/05/2009 14:55

Nesta semana, a Superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul começou a fiscalizar as madeireiras do Estado em operação contra o desmatamento ilegal. De dez empresas já vistoriadas na Capital, em 5 foram descobertas irregularidades.

Na tarde de hoje, fiscais estiveram em uma madeireira na avenida das Bandeiras. No local, os fiscais descobriram que cerca de 6 mil metros cúbicos foram comercializados sem o DOF.

A empresa tinha Documento de Origem Florestal referente a 11 mil metros cúbicos, mas só tinha no estoque 5 mil. Segundo o Ibama, essa estratégia é usada para "esquentar" madeira desmatada sem autorização, o que pode ter ocorrido nesse caso. Mas outro problema pode ter sido o uso equivocado do sistema DOF, que é novo.

Para se ter uma idéia, "em uma carreta, cabem 60 metros cúbicos", exemplifica o fiscal Ramiro Juliano da Silva, técnico ambiental. Isso significa que seriam necessárias 100 carretas para transportar a madeira que pode ter sido vendida de maneira ilegal. O resultado da investigação desse caso só será divulgado na próxima semana.

Para cada metro cúbico irregular, a multa é de R$ 300,00, o que pode representar ao dono da empresa penalidade de R$ 1,8 milhão, caso a contagem do estoque comprove a ausência de 6 mil metros cúbicos. "Isso é o tipo de multa que se aplica na região norte do País", comenta Ramiro.

Se o crime for comprovado, o caso será comunicado ao Ministério Público, e o proprietário deve ainda responder processo criminal por danos ambientais.

Na madeireira, o proprietário mandou a equipe de reportagem sair do local e não quis aproveitar chance de se defender. Também não foi informado qual o nome do advogado da empresa.

A empresa foi a quinta a ser flagrada pela fiscalização do Ibama. Nesta semana, outras quatro foram multadas. Juntas, as penalidades somam R$ 400 mil. Em uma delas não foi apresentado DOF (Documento de Origem Florestal) e em outras duas também havia nota com quantidade muito superior ao produto encontrado no estoque.

O alerta é para que consumidor final tem de exigir na hora da compra Documento de Origem Florestal. ""Se a empresa se negar, ele pode fazer denúncia ao Ibama, porque é obrigado, assim como a nota fiscal".

O trabalho é feito em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. A fiscalização é nacional, dentro do Projeto de Proteção da Amazônia, para ter um raio-x de como funciona o esquema de desmatamento criminoso da floresta.

Cupim- No dia 10 de maio, a Operação Cupim prendeu 15 pessoas e apreendeu R$ 21,3 mil, 80 euros e dólares, em esquema de transporte ilegal de madeira vinda da Amazônia, mas não foi feita relação entre as duas ações contra o desmatamento.

Cinco envolvidos são funcionários do Fisco estadual. Os servidores das secretarias de Fazenda e de Adminsitração acobertavam o transporte e comercialização de madeiras nobres e ameaçadas de extinção, como Peroba e Castanheira, inclusive em área de proteção e reservas indígenas.

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