Corretor é preso por produzir óleo de maconha em laboratório caseiro
Suspeito guardava frascos prontos e pacotes de skunk, vendendo cada unidade a R$ 800

Corretor de seguros de 30 anos, identificado como Ediberto da Silva Menezes Filho, foi preso nesta quarta-feira (27) por manter um laboratório clandestino de extração de óleo de maconha na Rua Martim Eberhart, no Parque Alvorada, situado em Dourados, município a 251 quilômetros de Campo Grande.
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Corretor de seguros é preso em Dourados por produção ilegal de óleo de maconha. Ediberto da Silva Menezes Filho, de 30 anos, mantinha um laboratório clandestino em sua residência, onde extraía a substância e a vendia por R$ 800, falsamente alegando ser óleo de canabidiol medicinal. A polícia apreendeu no local 30 frascos prontos para venda, 33 parcialmente preenchidos e 6,1 kg de skunk, além de simulacros de armas, munições e equipamentos utilizados na produção. A investigação apontou que o método de extração utilizado aumentava a concentração de THC, tornando o produto alucinógeno e colocando em risco a saúde dos consumidores. O delegado Lucas Albé Veppo esclareceu que o processo não seguia as normas da Anvisa, resultando em um óleo com alta concentração da substância psicoativa, diferente do canabidiol medicinal.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito produzia a substância de forma artesanal, vendia cada frasco por R$ 800 e oferecia como se fosse “óleo de canabidiol” sem controle de qualidade.
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No imóvel, a polícia encontrou 30 frascos prontos, 33 parcialmente preenchidos e 19 pacotes de skunk, totalizando cerca de 6,1 kg de material. Também foram apreendidos dois simulacros de pistola, munições, celulares e equipamentos usados na produção da droga líquida.
Ainda na ocorrência, os policiais notaram que a extração aumentava a concentração de THC (Tetrahidrocanabinol), substância psicoativa que pode causar efeitos alucinógenos e danos à saúde.
Para o Campo Grande News, o delegado Lucas Albé Veppo, do SIG (Setor de Investigações Gerais), explicou a situação ao informar que o cannabidiol quando extraído de forma correta não é considerado alucinógeno, sendo utilizado para tratamento de doenças.
"[...] No entanto, o corretor não seguia as especificações recomendadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para que realmente seja na dosagem que o paciente precisa. No caso do rapaz que estava fazendo laboratório, ele extraía com técnica incorreta e ficava a concentração de THC. Aquilo era alucinógeno sim. Pessoas compravam achando ser medicinal, mas não era seguro”, discorreu o responsável pela investigação.
A prisão foi feita pelo Núcleo Regional de Inteligência de Dourados e Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), que monitoravam o local há dias.
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