Quadrilha usava tabacarias como fachada para movimentar 36 toneladas de drogas
Investigação durou dois anos e ordens judiciais são cumpridas em Mato Grosso do Sul e mais 4 estados
As polícias Civil e Militar do Paraná deflagraram nesta sexta-feira (28) megaoperação para cumprir 109 mandados judiciais no Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. A ação visa combater organização criminosa que transportou aproximadamente 36 toneladas de drogas em dois anos.
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Operação policial deflagrada em cinco estados brasileiros visa desarticular organização criminosa responsável pelo transporte de 36 toneladas de drogas em dois anos. A ação conjunta das polícias civil e militar do Paraná cumpre 109 mandados judiciais, incluindo 54 de busca e apreensão e 42 de prisão. A investigação, que durou dois anos, revelou que o grupo movimentava cerca de 1,5 tonelada de drogas mensalmente entre o Norte do Paraná e São Paulo, utilizando estabelecimentos comerciais como fachada para lavagem de dinheiro. Nove pessoas já foram presas em fases anteriores, incluindo um líder capturado no Paraguai.
Do total, 54 ordens judiciais são de busca e apreensão, 42 de prisão e 13 de medidas de bloqueio de contas, além do sequestro de bens móveis e imóveis ligados aos investigados. Não há detalhes de quantos são cumpridos em Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Civil, a investigação durou dois anos e identificou que os criminosos movimentavam em média 1,5 tonelada de drogas por mês, ou seja, aproximadamente 36 toneladas durante o período. O esquema envolvia o tráfico interestadual, principalmente entre o Norte do Paraná e cidades de São Paulo, além de lavagem de dinheiro usando estabelecimentos comerciais como fachada.
No Mato Grosso do Sul, as ordens judiciais são cumpridas em Campo Grande. Já no Paraná, os mandados são cumpridos em Maringá, Paranavaí, Loanda e Sarandi. Nos demais estados não há informações dos municípios.
A operação conta com suporte aéreo das polícias paranaenses e com cães farejadores, além da participação da Polícia Penal do Paraná, conforme suas atribuições. Segundo o delegado responsável pela investigação, “a organização enviava de 100 a 150 quilos de drogas por dia para São Paulo”.
O grupo gerava um faturamento milionário com a venda ilícita. As drogas eram embaladas em malas e transportadas por ônibus. Para disfarçar o dinheiro proveniente do crime, o grupo utilizava lojas de veículos e tabacarias como empresas de fachada.
Até o momento, ao menos nove pessoas já haviam sido presas em fases anteriores da investigação, inclusive um dos líderes da quadrilha, capturado no Paraguai após ação conjunta entre as polícias do Brasil e do país vizinho.




