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Interior

Dono de buffet, vereador diz que se soubesse de aglomeração não faria festa

“Peço desculpas as pessoas que estão se sentindo prejudicadas”, declarou Laudir Munaretto após casamento lotar

Alana Portela | 07/06/2021 12:11


“Peço desculpas as pessoas que estão se sentindo prejudicadas nesse momento. Quem conhece a minha índole sabe que de forma nenhuma faria evento para prejudicar alguém”, garante o vereador e presidente da Câmara Municipal de Dourados, Laudir Munaretto (MDB).

Ele é dono Buffet Laudir Festas que foi contratado para realização do casamento que teve até show da dupla sertaneja Jads e Jadson em uma fazenda na MS-460, localizada em Maracaju, 160 quilômetros de Campo Grande.

O evento aconteceu no fim de semana e causou aglomeração. Em vídeos e fotos enviados no Direto das Ruas é possível ver pessoas aglomerando, gente sem máscara e não seguindo a recomendação de distanciamento social de 1,5 metros para evitar propagação da covid-19.

A festa foi encerrada pela Polícia Militar e gerou revolta na população, principalmente por envolver o nome do vereador de Dourados, cuja cidade decretou lockdown por 14 dias desde o dia 30 de maio, na tentativa de conter o avanço da pandemia.

Vereador Laudir Muranetto afirma que não sabia que sua empresa tinha sido contratada para casamento. (Foto: Valdenir Rodrigues)
Vereador Laudir Muranetto afirma que não sabia que sua empresa tinha sido contratada para casamento. (Foto: Valdenir Rodrigues)

Agora, Laudir tenta se defender dos ataques e jura de pé junto que é contra aglomeração. Em entrevista ao Campo Grande News nesta segunda-feira (7), ele afirma que não sabia que sua empresa tinha sido contratada para festa.

“Eu não sabia desse evento. O negócio é que meu filho toma conta da empresa há dois anos, tem uma procuração. Se ele tivesse pedido minha opinião, diria para não fazer porque não concordo”.

Agora resta apenas assumir o erro. “Tenho que assumir. Minha única forma de ver é pedir perdão por um ato não feito por mim. É da minha família, meu sangue”.

Ataque - Já são 32 anos de história da empresa que agora o vereador acredita estar sendo atacada pela concorrência. “Quem está fazendo todo esse estardalhaço é minha concorrente. Concorrência não vê outra forma de me atacar”, afirma ele que ainda completa. “Nunca tive nenhum tipo de problema que pudesse comprometer a marca”.

O vereador ainda comenta que está sem trabalhar desde que a pandemia se alastrou pelo Estado. “Estou há um ano e cinco meses sem trabalho, tudo que tinha para vender de patrimônio vendi para manter a empresa aberta. Hoje vai ter que começar do zero”.

Contrato – Já o filho do vereador, Diego Munaretto de 38 anos afirma que a empresa apenas alugou algumas cadeiras e utensílios de festa para a realização do casamento. “Fizemos a locação de 15 cadeiras, alguns guardanapos”.

O empresário relata não se recordar quando o contrato foi firmado, mas afirma que as cadeiras eram para o casamento na igreja. “A igreja estava autorizada, o material era para igreja”.

Segundo ele, a confusão com o nome da empresa aconteceu após uma pessoa da festa fazer uma postagem nas redes sociais marcando o nome do buffet. No entanto, ele alega que nenhum funcionário participou da festa.

 Caso - A Polícia Militar foi acionada antes das 21h de sábado (5), após denúncia e quando a viatura chegou no local encontrou menos de 40 pessoas. Dessas 25 pessoas da família foram autuadas devido ao descumprimento do decreto do toque de recolher e por causar aglomeração.

Após a polícia sair do local, a festa voltou a acontecer. No dia seguinte, quando os convidados foram para cidade realizaram as postagens de fotos tiradas no evento.

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