Em dois anos, traficantes devastaram 5.400 hectares de reservas ambientais
Áreas de preservação foram desmatadas para plantio de maconha na fronteira com MS
Em dois anos, os traficantes de drogas devastaram pelo menos 5.400 hectares de área de preservação ambiental na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul para cultivo de maconha.
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O cultivo ilegal de maconha na fronteira entre Paraguai e Mato Grosso do Sul devastou 5.400 hectares de áreas de preservação ambiental em dois anos, segundo dados da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai. O ministro Jalil Rachid, chefe da Senad, classificou a situação como "ecocídio silencioso" e alertou que a recomposição florestal levará décadas. A expansão do cultivo também afeta territórios indígenas, conforme levantamentos realizados com imagens aéreas na região fronteiriça.
Os dados fazem parte do balanço divulgado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), agência paraguaia que reprime as roças da erva na linha internacional com apoio da Polícia Federal brasileira.
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Chefe da Senad, o ministro Jalil Rachid classificou como “ecocídio silencioso” o processo de desmatamento ilegal para plantio da droga. “Se quiserem legalizar a maconha, então também devemos legalizar os crimes contra o meio ambiente”, afirmou ele, em resposta a movimentos que defendem a descriminalização da produção de cannabis em território paraguaio.
Segundo ele, além de financiar o crime organizado e inundar as grandes cidades brasileiras com a droga, o plantio de maconha já ameaça as áreas de preservação ambiental existentes na faixa de fronteira. Conforme Jalil Rachid, a recomposição florestal em espaços desmatados para cultivo da erva levará décadas.
O ministro-chefe da Senad afirmou que a expansão das roças de maconha em áreas de preservação inclui a utilização de territórios indígenas. Levantamentos da agência antidrogas feitos com base em imagens aéreas revelam crescimento da atuação dos traficantes em terras dos povos ancestrais na fronteira.
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