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Interior

Indiciado por feminicídio, assassino de médica diz que “perdeu a cabeça”

Rafae dos Santos teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após matar a ex-mulher, Nislaine Colman Benites, na manhã de quarta-feira em um posto de saúde de Ponta Porã

De Dourados | 16/12/2016 11:03
Rafael deve ficar preso até o julgamento (Foto: Léo Veras/Porã News)
Rafael deve ficar preso até o julgamento (Foto: Léo Veras/Porã News)

O corretor imobiliário Rafael dos Santos, 35, assassino confesso da médica Nislaine Colman Benites, 31, com quem foi casado durante seis anos e tem uma filha, disse em depoimento à polícia que “perdeu a cabeça”. Ele matou a ex-mulher com três tiros de pistola na manhã de quarta-feira (14), dentro do posto de saúde onde Nislaine trabalhava.

Ouvido ontem à tarde na Delegacia de Atendimento à Mulher de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, Rafael foi indiciado por feminicídio – quando o crime é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino – previsto na lei 13.104/2015. É considerado crime hediondo.

O delegado responsável pelas investigações, Patrick Linares, disse ao Campo Grande News que Rafael já estava fora do flagrante quando foi entregue ontem à tarde pelas autoridades paraguaias, mas vai ficar recolhido porque a Justiça estadual decretou sua prisão preventiva.

Como o acusado está preso, o delegado tem dez dias para concluir o inquérito e encaminhar o resultado da investigação ao Poder Judiciário. Nislaine era filha do vereador de Ponta Porã Marcos Bello Benites (PSDB).

Preso no Paraguai – Após matar a ex-mulher, Rafael dos Santos fugiu para o Paraguai, mas foi preso ainda na noite de quarta-feira por policiais paraguaios, na região de Bella Vista Norte.

Ontem à tarde ele foi oficialmente expulso do Paraguai e entregue a policiais brasileiros após o juiz penal de garantias, Edgar Gustavo Ramirez Rodas, determinar a deportação por Rafael ter entrado ilegalmente naquele país e por ser procurado por crime no Brasil.

Em entrevista a radialistas de Pedro Juan Caballero, para onde foi levado após ser preso, Rafael disse que a ex-mulher o abandonou depois que se formou em medicina e começou a ganhar R$ 30 mil por mês.

“Ela colheu o que plantou. Ela não podia ter feito o que fez comigo. Eu larguei minha vida em São Paulo, minha outra filha, para cuidar dela, para termos uma filha”, disse o assassino confesso.

Rafael afirmou que a mulher o expulsou de casa e confessa ter praticado o crime depois de descobrir que Nislaine estava namorando um enfermeiro com quem trabalhava. Alega que ficou sabendo que a ex estava com outro há dois dias. “Ela mesmo confirmou, me jogou na rua com três malas e 300 reais no bolso”, afirma o homem.

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