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Interior

Justiça liberta médico pego com droga em BMW, com tornozeleira

Para não voltar à prisão, o médico deverá cumprir medidas cautelares como, por exemplo, não sair de casa no período noturno

Viviane Oliveira | 04/12/2020 10:35
Dinheiro e drogas apreendidas com o médico. (Foto: Divulgação/PM) 
Dinheiro e drogas apreendidas com o médico. (Foto: Divulgação/PM)

O Tribunal de Justiça concedeu, nesta quinta-feira (3), liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica por 180 dias ao médico oftalmologista Pedro Nechar Neto, 40 anos, preso no dia 18 de novembro ao receber 153,7 gramas de skunk e 1g de haxixe na agência dos Correios de Três Lagoas.

Para não voltar à prisão, o médico deverá cumprir medidas cautelares como: comparecer em juízo mensalmente para informar e justificar suas atividades, não deixar a cidade sem autorização da Justiça e não sair de casa no período noturno e nos dias de folga, das 19h às 6h. Por unanimidade, nos termos do voto do relator, concederam parcialmente a ordem.

Em audiência de custódia no dia 19, um dia depois da prisão em flagrante, o médico  teve o pedido de liberdade provisória negado. Na ocasião, nem mesmo a confirmação de que ele estava com covid-19 foi o suficiente para convencer o juiz. Ao pedir a substituição da prisão por medidas cautelares a defesa argumentou que a droga apreendida, seria para consumo próprio do médico e não para o tráfico.

Veículo estacionado em frente a agência dos Correios onde médico foi preso (Foto: TL Notícias) 
Veículo estacionado em frente a agência dos Correios onde médico foi preso (Foto: TL Notícias)

A prisão - Pedro Nechar saiu de Araçatuba, no interior de São Paulo, para buscar a droga na agência dos Correios de Três Lagoas. De acordo com policiais militares, depois de avistar o veículo BMW usado pelo médico nas proximidades da agência, a equipe passou a monitorá-lo e fez a abordagem em um posto de combustíveis próximo ao local.

A idade de um suposto traficante com um veículo de luxo, semelhante ao de Pedro, inclusive, já havia sido denunciada à polícia. Com o motorista, nada foi encontrado, mas no veículo, os PMs acharam cerca de R$ 1 mil debaixo do banco do passageiro dianteiro.

Indagado sobre o que havia dentro da caixa de papelão com inscrição dos Correios, conforme boletim de ocorrência, o médico confessou que eram drogas. Explicou que havia feito a compra por telefone com traficante desconhecido de São Paulo e que pagou R$ 1.250 pela “encomenda”. Na caixa, havia 153 gramas de skunk (uma espécie “nobre” de maconha) e 1,4 grama de haxixe (uma pedra). Na 1ª DP (Delegacia de Polícia), o médico alegou ser usuário e que a quantidade do entorpecente seria para uso pessoal.

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