Ministério estende permanência da Força Nacional na região Sul por 90 dias
Tropas seguem no Estado até outubro para minimizar conflitos fundiários e combater tráfico internacional

O ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais 90 dias a permanência de tropas da Força Nacional nos municípios de Dourados e Caarapó. O efetivo atua para minimizar conflitos fundiários e combater crimes transnacionais de contrabando, tráfico de drogas, armas e munições na região Sul do Estado.
A portaria que estende o emprego da Força Nacional nas cidades foi publicada nesta quarta-feira (15) no DOU (Diário Oficial da União). A norma é assinada pelo ministro André Luiz Mendonça.
Segundo portaria, a Força Nacional receberá apoio logístico da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública). A permanência do efetivo pode ser prorrogada. Caso a pasta estadual descarte a renovação, as tropas deixam o Estado em 11 de outubro.
A Força Nacional está em Dourados desde janeiro, quando indígenas guarani-kaiowá e seguranças particulares entraram em confronto em área de ocupação chamada Ñu Verá, próxima das aldeias Jaguapiru e Bororó. Três índios e um vigilante ficaram feridos. Criança de 12 anos perdeu os dedos após explosão acidental de granada idêntica à usada pela Polícia Militar.
O emprego em Caarapó também é voltado a minimizar a tensão agrária. O esquema de segurança reforçado foi considerado necessário após divulgação de estudo de identificação e delimitação assinado pela então presidente Dilma Rousseff.
Em junho de 2016, indígenas da aldeia Tey Kuê decidiram entrar na Fazenda Yvu. Logo depois, em investida de cerca de 200 produtores rurais, funcionários das propriedades e seguranças, seis índios ficaram feridos e um morreu – o agente de saúde indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, de 26 anos.