ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, QUINTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Interior

PM é condenado a 3 anos de prisão por espancar menino com doença renal

Militar se irritou com pedra jogada no portão e agressões agravaram quadro do adolescente que só tem um rim

Clayton Neves | 08/11/2021 15:26
PM é condenado a 3 anos de prisão por espancar menino com doença renal
Cabo da PM estava em casa, quando se irritou e espancou menor de idade. (Foto: Redes Sociais)

A Justiça Militar condenou a 3 anos de prisão em regime aberto o cabo da Polícia Militar Aparecido Fabiano Timoteo, de 39 anos. A decisão acontece dois anos após o militar espancar um garoto de 13 anos, que acertou uma pedra no portão da casa em que ele morava, em Coxim. O adolescente, que é paciente renal e tem apenas um dos rins, teve o quadro de saúde agravado após as agressões.

PM é condenado a 3 anos de prisão por espancar menino com doença renal
Menino precisou ser transferido para a Santa Casa devido à gravidade do caso. (Foto: Balanço Geral)

Na sentença, expedida no último dia 3, o juiz Alexandre Antunes da Silva considerou que Aparecido Fabiano “agiu com violência desproporcional ao aplicar vários golpes, socos, chutes e enforcamento contra a vítima que, obviamente, era desprovida de quaisquer chances de defesa contra um policial militar”.

No decorrer do processo, o policial assumiu o crime, no entanto, alegou ter usado a força apenas para conter o menino. Para o juiz, a versão além de isolada, colide contra o depoimento de testemunhas e de laudo das lesões. “Vale salientar que não se mostra crível que um policial militar tenha tamanha dificuldade para imobilizar um infante de 13 anos”, considerou o magistrado.

Consta na denúncia que, no dia 24 de outubro de 2019, por volta das 20h, Aparecido estava na casa onde morava, no Bairro São Paulo, em Coxim. Depois de uma pedra atingir o portão do imóvel, o militar correu em direção à vítima e um amigo.

“Ele deu uma “pezada” no meu peito, aí eu caí no chão e ele começou a dar porrada na minha cabeça e começou acertar aqui na minha barriga. Eu falava que só tinha um rim e ele falava que podia bater porque ele era policial”, disse o menino em depoimento.

As agressões só pararam quando a tia do menor de idade se deu conta do que estava acontecendo e interviu.

Por causa das agressões físicas, a vítima teve diversos ferimentos, vomitou sangue e ficou internada por dois dias no Hospital Regional de Coxim. O quadro clínico se agravou e ele precisou ser transferido para a Santa Casa de Campo Grande, com obstrução no canal urinário e sangramento uretral. Na Capital, o garoto recebeu o diagnóstico de trauma renal.

Nos siga no Google Notícias