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Interior

Prefeito nega ser mandante de crime, e diz que acusações são levianas

Jorge Almoas | 22/03/2011 14:02

Manoel Nunes disse que vai à justiça contra quem o acusou

O prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR) negou ser o mandante do assassinato do então presidente da Câmara, o vereador Carlos Antônio Carneiro, morto em outubro do ano passado com três tiros na Avenida Afonso Pena em Campo Grande. Ele disse que as acusações feitas contra ele são “levianas”.

“Desde o trágico e criminoso episódio [...], sou constantemente e de forma irresponsável, acusado de envolvimento no crime”, diz a nota, assinada pelo prefeito.

Em nota enviada ao Campo Grande News, Manoel Nunes disse ter se reservado ao direito de não dar declarações sobre a morte de Carlos Antônio em respeito à família. Mas que pretende recorrer à justiça sobre quem o acusou.

“Recorrerei à justiça de imediato para interpelar judicialmente os que me acusam. [...] os mesmos dêem as razões e possam provar o que dizem”, declarou Manoel.

Ele afirma que as acusações do vice-prefeito, Alcino Fernandes Carneiro – pai do vereador morto – são levianas. “Nunca houve em minha existência, nenhum episódio e muito menos rumores de qualquer desrespeito à lei, à ordem ou a vida de qualquer pessoa que seja”.

O prefeito afirma que a decisão de se pronunciar agora, cinco meses após o crime, é em respeito à população de Alcinópolis. “A perda de qualquer ente querido dói na alma e pode nos privar da lucidez. Chegou um momento em que me convenci que tais atitudes [permanecer calado] demonstram não o justo, compreensível”, assinala Manoel.

Ele complementa afirmando que a situação transformou-se em uma espécie de caça às bruxas. “O desejo de descobrir o culpado, se houver outro, mas sim a vontade que eu seja ele, sabe-se lá por quais motivos”.

O Campo Grande News falou por telefone com o prefeito Manoel Nunes, para que ele explicasse certos pontos da nota à imprensa. No entanto, ele se limitou a dizer que tudo o que pode dizer sobre o assassinato de Carlos Antônio está na nota.

Situação – Os três acusados pelo crime já foram ouvidos pela justiça, além de todas as testemunhas. Resta a defesa formular suas alegações finais, além do Ministério Público apresentar sua versão final sobre o caso.

Aparecido Souza Fernandes, de 34 anos, que pilotava a motocicleta no dia 26 de outubro do ano passado, foi ouvido no dia 8 de fevereiro deste ano. Ele contou que receberia R$ 15,00 para levar Irineu Maciel, assassino confesso do vereador, até o Hotel Vale Verde, na Avenida Afonso Pena, local do crime.

No último dia 17 de março, Irineu Maciel confessou ter atirado contra Carlos Antônio por supostamente ter sido humilhado pelo vereador. Ele acusou a vítima de ter negado dinheiro para que ele voltasse de Alcinópolis e o xingou de “vagabundo” e “mendigo”.

Já Valdemir Vansan, cunhado de Irineu, foi apontado no primeiro momento como responsável pela contratação de Irineu para executar o crime. No entanto, ambos, em depoimento ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, negaram que haja mandante do assassinato.

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