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Interior

TJ nega recurso e mantém absolvição de PM que matou colega em lanchonete

Izaque teria assassinado o policial por ciúmes de sua ex-mulher

Aline dos Santos | 30/04/2021 09:00
TJ nega recurso e mantém absolvição de PM que matou colega em lanchonete
Família de Jurandir, policial que foi morto, espalhou outdoor no ano passado contra absolvição. (Foto: Direto das Ruas)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou recurso e manteve a absolvição do policial militar Izaque Leon Neves, 35 anos. Em outubro de 2019, ele matou Jurandir Miranda, de 47 anos, também policial militar, em uma lanchonete de Aquidauana, a 135 km de Campo Grande.

A absolvição na Justiça Militar foi em 11 de setembro do ano passado. Na sequência, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu ao tribunal, com pedido de condenação de Izaque por homicídio simples.

Para a promotoria, a absolvição por legítima defesa foi resultado de interpretação equivocada das provas. Izaque informou que fez os disparos por acreditar que Jurandir, ao fazer movimento em direção a uma pochete, iria sacar a arma.

“Se realmente tivesse esse propósito, evidentemente que ele [Jurandir] não colocaria sua arma de fogo em uma pochete, mas em um local de fácil acesso para poder saca-la, máxime porque o alvo também é policial militar e, por óbvio, que reagiria à sua conduta neste cenário”, informa o MP na apelação criminal.

Durante julgamento realizado ontem (dia 29), a 3ª Câmara Criminal do TJMS, por unanimidade, negou provimento ao recurso que pedia a condenação de Izaque Neves.

Rixa - Soldado da PM (Polícia Militar), Izaque Leon Neves matou o cabo Jurandir Miranda, que estava lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental) a tiros. O caso aconteceu em uma lanchonete  de Aquidauana  24 de outubro de 2019.

Izaque teria assassinado o colega policial por ciúmes de sua ex-mulher, que era atual namorada de Jurandir. Segundo relatos de testemunhas à Polícia Civil, os dois já haviam discutido por diversas vezes e trocado ameaças. A situação era tão grave que ambos, por causa da rixa, chegaram a sofrer punições militares.

Após a absolvição de Izaque, a família de Jurandir colocou outdoor para protestar. A placa dizia: “Não é legítima defesa, é corporativismo”.

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