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Cidades

Jovem esbarra em major e é humilhado e agredido a tapas

Redação | 04/06/2009 09:29

Um jovem de 20 anos foi humilhado e agredido a tapas ao esbarrar com sua bicicleta no major da Polícia Militar Paulo Roberto Nunes, de 42 anos, no centro de Campo Grande. O caso ocorreu na terça-feira, na Barão do Rio Branco, entre as ruas 13 de maio e 14 de julho, por volta de 15h50.

Eduardo Papi Paredes da Silva, de 20 anos, trafegava pela Barão do Rio Branco, no sentido contrário ao fluxo quando, segundo uma testemunha, o major atravessou. A bicicleta atingiu a perna do militar.

"Eu ia avisar ele (o major) que a bicicleta estava vindo porque ele só olhou para o lado que vinham os carros, mas não deu tempo", conta a testemunha. Segundo ela, o policial empurrou o rapaz, que quase caiu. O jovem pediu desculpas, mas o oficial, que estava fardado, mostrou estar descontrolado. Ele deu um tapa no rosto do garoto e aos berros perguntou se ele queria levar mais tapas.

Depois mandou que o jovem saísse da rua e como o garoto se negou o major deu outro tapa no rosto do ciclista. Em poucos minutos chegaram viaturas da PM e Eduardo foi colocado em uma delas e levado para a delegacia.

Uma multidão, perplexa, acompanhou o caso, mas temendo retaliações, muitos não quiseram testemunhar. "Eu quase chorei. Tenho um sobrinho da mesma idade e imaginei ele nessa situação. Foi um acidente e o major tratou ele como se fosse um marginal", diz a testemunha.

Comerciantes que assistiram à cena estão revoltados. O proprietário de uma ótica, Nelson Gouveia, conta que as pessoas começaram a se aglomerar e a dizer ao policial que ele não poderia agir daquela maneira.

"Chamava o rapaz de malandro. Ele achou que iria resolver o problema com essa postura, mas causou revolta. Se mostrou uma pessoa desequilibrada", afirma. O comerciante afirma que sentiu uma sensação de desamparo, por conta da atitude partir de um policial, que tem por atribuição proteger.

Ele conta que o major queria obrigar um policial a algemar o garoto, mas o policial se negou e disse que isso o colocaria em situação complicada, especialmente diante da indignação da população.

Uma comerciante que não quis se identificar conta que as pessoas vaiaram o oficial. "Todo mundo ficou revoltado", diz. Segundo ela, um casal se manifestou a favor do garoto e o major mandou eles calarem a boca. "Ele não se comportou como policial, se comportou como uma pessoa desequilibrada", diz a comerciante.

O caso foi registrado como vias de fato. A assessoria de imprensa da Polícia Militar foi procurada, mas até o fechamento desta reportagem não havia se posicionado.

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